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“Incrível”: jogadoras do Sport conhecem estrutura do Palmeiras

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“Podemos falar que as mulheres conseguem viver do futebol feminino”. É com essa crença que a técnica do futebol feminino do Sport Club Juiz de Fora, Karina Pazzi, deixa a cidade de Vinhedo (SP). Ela, a comissão técnica e as atletas do Verdão da Avenida foram convidadas, no último final de semana, para conhecer a estrutura do futebol feminino do Palmeiras, um dos mais modernos do Brasil. Tiveram, ainda, a oportunidade de treinar no CT alviverde e participar do Festival Paulista Feminino sub-14, em Santo André.

De acordo com Karina, conhecer a estrutura do Palmeiras foi incrível e inesquecível. “Vimos como funciona tanto a parte administrativa quanto a técnica do campo. Pude visitar todos os lugares do CT do Palmeiras. A estrutura é excelente, não só do campo, mas de toda a casa, com o departamento médico, academia, fisioterapia. A logística é muito boa, tudo de fácil acesso para as meninas terem tudo de melhor e não precisarem de se deslocar por muito tempo. O Alberto (Simão), dirigente do Palmeiras, me disse que as meninas fazem avaliações de 15 em 15 dias, são monitoradas. Tudo no detalhe, para não deixar passar nada. Questão de lesão, carga, quem está bem ou mal. Com isso, ele consegue enxergar o histórico das meninas para atender o time e a atleta”, relata a treinadora.

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Alunas do Sport puderam conhecer o CT e as jogadoras da mesma idade do Palmeiras. Foto: Divulgação

Ao verem tudo o que envolve o futebol feminino no Palmeiras, a sensação das atletas foi de esperança, segundo Karina. “Tivemos a prova que está mudando. Podemos falar, hoje, que as mulheres conseguem viver do futebol feminino. As meninas daqui de Juiz de Fora podem começar no futebol cedo para se desenvolverem e, quem sabe um dia, serem profissionais. Por conta da estrutura, comissão e valorização que o esporte vem recebendo. O que eu não tive quando possuía a idade delas, as meninas estão podendo receber hoje em dia. Iremos criar muitas jogadoras profissionais por conta desse fomento e visibilidade”, acredita a treinadora, que pretendia ser jogadora quando criança, mas desistiu por falta de oportunidades.

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O investimento do Palmeiras

A equipe feminina do Palmeiras teve início em 1997, mas houve sete anos de inatividade, até ser retomada em 2019, quando foi campeã da Copa Paulista de Futebol Feminino e garantiu acesso para disputar a Série A1 do Brasileirão. No ano seguinte, chegou até a semifinal do Paulistão e do Brasileirão. Já em 2021, o Alviverde cedeu 11 jogadoras para a Seleção Brasileira. Neste ano, o time chegou novamente na semi da competição nacional, quando foi eliminado pelo Corinthians.

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Nesse elenco há dois rostos conhecidos dos torcedores juiz-foranos . O diretor de futebol é Alberto Simão, com passagens no futebol masculino por Tupi e Tupynambás. Simão participou diretamente, inclusive, do retorno do Baeta ao profissionalismo. Além dele, o massagista ex-Tupi, Adeil de Souza Silva, conhecido desde o Galo Carijó como “o melhor do Brasil”, também veste verde e branco atualmente.

Profissionais do Sport e do Palmeiras, com Alberto Simão, no centro, e Adeil à direita (Foto: Divulgação)

Conforme Karina, é muito importante que times grandes como o Palmeiras valorizem o futebol feminino e se desenvolvam para capacitar e atender as atletas. “No festival que as meninas jogaram pelo Palmeiras, elas foram tratadas como profissionais. Tinha fisioterapeuta, médico, roupeiro, massagista. Preleção também, com todas as roupas do clube e alimentação. Nos mostraram que se é seu sonho, você deve correr atrás, porque hoje há oportunidades”, enxerga.

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No ano passado, o Sport Club Juiz de Fora, em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), deu início ao projeto do futebol feminino, com o intuito de captar e potencializar garotas de toda a região da Zona da Mata mineira. As meninas realizam treinos nas terças e sextas, entre 18h e 19h, nas categorias sub-13, sub-15 e sub-17.

A estrutura utilizada é de dois campos (um do Sport e outro da UFJF), além da quadra sintética do Verdão da Avenida. O clube conta, ainda, com diretor de esportes, diretor de futebol, coordenador, duas treinadoras, uma preparadora física e um analista de desempenho.

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Para que o Sport, campeão feminino sub-17 da Copa Zico neste ano, e os outros times da cidade cheguem próximos aos parâmetros do Palmeiras, é necessário desenvolvimento, já que o potencial está presente, segundo Karina. “Falta mais oportunidade, acesso. A cidade é muito boa, possui muito talentos, mas não são valorizados. Podemos criar muitas atletas para o mercado. Só precisa ser mais valorizado, com bons lugares para treinar, comissão técnica completa e estrutura adequada”, acredita a treinadora.

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