Paulo Campos, base juiz-forana e Ricardo Vilar. Em resumo, estes são alguns dos interesses do Tupynambás no processo de avaliação e formatação do novo elenco para as disputas do Campeonato Mineiro e da Série D de 2020. Sob gestão do vice-presidente do clube, Cláudio Dias, o futebol do Leão do Poço Rico buscará um esqueleto de profissionais identificados com Juiz de Fora, característica que também foi priorizada na última temporada.
Neste ano, aliás, o Baeta encerrou sua participação no Estadual nas quartas de final, após confrontos com o Atlético-MG. No comando do clube, após a saída do juiz-forano Felipe Surian, esteve o experiente Paulo Campos. E é justamente o comandante carioca, de 62 anos, o favorito para seguir na equipe local, como a Tribuna antecipou ainda em março deste ano. O profissional, inclusive, já tem acordo apalavrado, conforme informação inicialmente divulgada pelo globoesporte.com e confirmada pela Tribuna em contato com Cláudio Dias nesta quarta-feira (18).
“Procuramos montar um grupo mais coeso. Em 2019 sentimos falta de um técnico que comandasse os treinamentos, porque quando o Surian estava, era o seu assistente, o Osmar (Coelho) o treinador efetivo. Nesse período sentimos ele muito isolado, e o Paulo Campos chegou no clube, teve três derrotas, pegando uma situação complicada por causa da saída do Surian, mas todas as pessoas se identificaram com ele, foi completamente diferente. Mesmo com as derrotas, foram, na visão da diretoria, os três melhores jogos da equipe. Já tínhamos a intenção dele voltar, fomos conversando no ano e ele nos procurou para ver se haveria mesmo o interesse, confirmado por nós”, explicou Cláudio Dias, que também confirmou que José Luis Peixoto, o Zé Luis, ex-Tupi, deverá ser assistente de Campos.
Após ter realizado curso na CBF de transferência nacional de atletas e buscando o aperfeiçoamento na área, Cláudio Dias será o responsável pela gestão do futebol do Baeta, contando com a possível parceria de Paulo Campos, de currículo extenso, com trabalhos, por exemplo, no Real Madrid, Seleção Brasileira sub-20 e Vasco, estes três como auxiliar-técnico, além de clubes brasileiros, da Grécia, dos Emirados Árabes, Nigéria e Arábia Saudita.
Identificação
“Queremos formar um grupo com mais identificação com a cidade e a camisa.” Neste sentido, Cláudio Dias antecipa que a intenção do Tupynambás é a de contar com dez a 12 atletas de Juiz de Fora. “Estamos buscando jogadores da cidade que estão em outros centros para termos uma base de nível e do município, claro, que agrade o técnico. Deixamos, por exemplo, as portas abertas aos atletas que estavam aqui neste ano”, destaca, lembrando dos locais Léo e Leandro Salino, Marcelinho e Marcel.
Os jovens Bruno, goleiro que estava no Baeta no início da temporada, e Vinícius Leonel, ex-Tupi, emprestados ao Figueirense (MG), têm vínculo com o Leão e devem integrar o elenco no Mineiro 2020, segundo Dias.
Vilar interessa
A Tribuna apurou, ainda, que um dos possíveis alvos do Tupynambás para a próxima temporada seria o goleiro Ricardo Vilar, que defendeu o Tupi nos últimos três anos. Sem clube após o fim da campanha da Série D pelo Carijó, o arqueiro mantém sua preparação física e tem realizado treinamentos também em Juiz de Fora, com outro ex-goleiro alvinegro, Gonçalves. Ainda não houve uma conversa entre as partes, mas é de conhecimento do clube que Vilar gostaria de permanecer na cidade. “Sempre foi destaque no Tupi e, se houver o interesse dele, pretendemos encaminhar uma negociação”, confirmou Cláudio.