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Rafael Moura, o “He-Man”, disputa torneio de beach tennis em Juiz de Fora

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Jogador teve passagens marcantes por grandes clubes brasileiros e agora se dedica ao beach tennis (Foto: EliezerEsportes)

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Rafael Moura joga torneio em dupla com João Henriques (Foto:EliezerEsportes)
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Juiz de Fora recebe, até domingo (20), o ITF e FMT1000 Batata Bowl Classic Beach, campeonatos que reúnem nomes renomados do beach tennis, além de vários novos praticantes, sejam amadores ou profissionais. Rafael Moura, atacante aposentado que acumula passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, é um deles. O ex-atleta, que está na cidade para competir nos torneios, que acontecem no Orla Beach Sports, conversou com a Tribuna e relatou sua paixão pela modalidade que cresce cada vez mais no país.

“He-Man”, como era conhecido nos tempos de atacante por conta da tradicional comemoração imitando o personagem, teve seu primeiro contato com o beach tennis há dez anos. Apesar disso, Rafael começou a praticar o esporte com mais frequência recentemente, após a aposentadoria como jogador de futebol. “O beach tennis, no meu pós-carreira, vem como uma maneira de diversão, de lazer, de uma socialização com a minha própria família, porque todos praticam, amam esportes de raquete. Nós começamos a praticar no pós-pandemia, coincidentemente quando o esporte teve um boom e uma ascensão muito grande”, relata.

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Rafael Moura se profissionalizou na nova modalidade em 2022, pouco tempo depois de encerrar sua carreira como jogador de futebol, pelo Botafogo, em 2021. O ex-atacante, que seguiu morando no Rio de Janeiro, conta que a localização da cidade contribuiu para essa decisão. “Com a facilidade de estar perto da praia e das quadras, resolvi me profissionalizar”.

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Outra razão que justifica a escolha de Rafael pelo beach tennis é a vontade de seguir um rumo diferente de seus 18 anos como jogador de futebol. “Eu queria algo novo, que não precisasse ser realmente voltado ao futebol. Não gosto muito do futevôlei, nem das peladas. O objetivo era ser realmente um desafio, como se eu tivesse começando de novo. Fiz minha história, minha carreira no futebol e eu queria algo que fosse completamente instigante e diferente para a minha vida, para eu poder começar a treinar, começar do zero”.

Atleta tem objetivo de alcançar o topo da modalidade (Foto: EliezerEsportes)

“Esporte muito democrático”

Dentro do beach tennis, Rafael conseguiu realizar um de seus principais objetivos, que era passar mais tempo com sua família, o que não era possível durante sua carreira como jogador. “Posso acompanhar minhas filhas e minha esposa. Isso me dá muito prazer”, conta. Além disso, Moura relata que, como atleta nato, não perdeu o senso de competitividade e possui metas dentro do esporte. “Meu objetivo principal é chegar no top-100 do mundo. Meu melhor ranking foi 194. Sonho em ter alguns títulos. Ainda não conquistei e sigo em busca do primeiro”, projeta.

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Rafael acredita que o crescimento do interesse no beach tennis esteja atrelado à vontade dos praticantes de obter melhor qualidade de vida. Além disso, o “He-Man” entende que a modalidade permite que diferentes pessoas possam praticar. “É um esporte que agrega muito, é muito democrático, então pessoas de diferentes alturas e pesos, quem já teve contato com outros esportes de raquete ou aquele mesmo que nunca praticou um esporte conseguem jogar o beach tennis”, avalia.

Atuação como gestor e proximidade com torcedores

Além de atleta profissional de beach tennis, Rafael Moura também é diretor da Federação Mineira de Tênis e Beach Tennis (FMT) e treinador das categorias de base. O ex-jogador diz estar muito empenhado em desenvolver a modalidade, principalmente em Minas Gerais. Para isso, está construindo uma arena em Belo Horizonte. “Precisávamos do local para que esses atletas pudessem treinar, então estamos construindo esse espaço para receber atletas profissionais, juvenis e amadores de todo o Brasil”, conta He-Man.

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Mesmo com apenas um ano de profissionalização dentro do beach tennis, Rafael enxerga grandes diferenças em sua relação com o público durante seus 18 anos como atacante. Por ter conseguido chegar em grandes equipes do futebol brasileiro, como Corinthians, Internacional, Fluminense, Atlético-MG e Botafogo, ele não tinha a liberdade de lidar diretamente com o público. “No futebol eu vivia numa bolha cercada de seguranças e não podia ter contato com o público. Dificilmente eu sentava pra conversar, almoçar com alguém, como faço hoje. Quando tenho jogo, sempre chego mais cedo, até mesmo para criar um clima gostoso, para ter essa energia, é bacana”, compara.

Retorno ao futebol

Mergulhado e apaixonado pelo beach tennis, Rafael Moura prioriza a modalidade nessa sua nova fase de vida. Mas o ex-jogador não descarta retornar ao mundo do futebol, em um cargo de gestão. “Sou muito apaixonado e grato pelo futebol. Estou fazendo os cursos de treinador, já fiz os cursos de gestão, já fiz tudo. Mas é um mundo muito pesado, de muita cobrança, de muita instabilidade, e que neste momento eu não me visualizo. Mas tudo é momentâneo, é tudo fase”.

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