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Brasil vê ampliar o seu histórico de polêmicas de arbitragem em estreias de Copas

D. Gabriel Jesus1
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O empate do Brasil por 1 a 1 com a Suíça, domingo, em Rostov, interrompeu uma sequência de nove vitórias da seleção em estreias na Copa do Mundo, mas também serviu para ampliar um histórico. O duelo apitado pelo mexicano César Ramos foi mais um compromisso inicial da equipe nacional na competição que acabou ficando marcado por decisões polêmicas envolvendo a arbitragem.

A principal reclamação dos jogadores e membros da comissão técnica sobre o jogo disputado na Arena Rostov é relacionada ao gol marcado pela Suíça, no início do segundo tempo, por Zuber, que empurrou Miranda e o deslocou após passe da direita originado por cobrança de escanteio, facilitando o seu cabeceio para as redes. Ramos, porém, considerou o lance legal e não acionou o árbitro de vídeo para rever a jogada, mesmo diante das reclamações dos jogadores brasileiros de que teria havido falta.

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Além desse lance, a seleção reclamou de um suposto pênalti em Gabriel Jesus, também no segundo tempo, mas quando o jogo já estava 1 a 1. O atacante alegou que, ao girar sobre o seu marcador na grande área, recebeu um contato, o que o acabou derrubando. O árbitro mexicano, entretanto, teve a interpretação que a ação do jogador suíço foi legal.

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Lance envolvendo Gabriel Jesus e o zagueiro Manuel Akanji também incitou reclamações dos jogadores (Foto: Divulgação/Fifa.com)

Nas edições de 2014 e de 2002 da Copa do Mundo, lances polêmicos de pênalti também envolveram a seleção brasileira. Em ambas as oportunidades, porém, a arbitragem assinalou faltas na grande área para a equipe, o que provocou enorme revolta dos rivais, então derrotados nestes confrontos.

Em 2014, no jogo em que o Brasil venceu a Croácia por 3 a 1, Fred foi ao chão após receber um contato aparentemente leve de Lovren — Neymar, então, converteu a cobrança e desempatou o placar para 2 a 1. Doze anos antes, o erro da arbitragem foi mais grosseiro, e também ocorreu com o placar em 1 a 1, diante da Turquia. Naquela oportunidade, Luizão foi derrubado por Aplay fora da área, mas, ao cair, mergulhou até a grande área, confundindo o juiz, que assinalou pênalti, que foi cobrado com êxito por Rivaldo, definindo o triunfo brasileiro por 2 a 1.

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Outras polêmicas decisões de árbitros em estreias do Brasil ocorreram em 1978 e 1986. No Mundial da Argentina, nos acréscimos do empate por 1 a 1 com a Suécia, Zico completou para as redes após uma cobrança de escanteio de Nelinho, mas o árbitro não validou ao gol, pois encerrou o jogo antes do cabeceio do meia. Já em 1986, uma finalização do espanhol Michel acertou o travessão da meta defendida por Carlos e quicou dentro dela antes de sair. O juiz, porém, não percebeu que a bola havia ultrapassado a linha do gol brasileiro. E a seleção acabou vencendo o jogo por 1 a 0 com o gol marcado por Sócrates.

Nesta segunda-feira, a cúpula da arbitragem da Fifa declarou estar satisfeita com as decisões tomadas pelos árbitros no empate por 1 a 1 entre Brasil e Suíça, mas reconheceu que o uso da tecnologia não vai acabar com as polêmicas e a subjetividade das marcações dos juízes.

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“O lance do Miranda foi muito claro. E não estou justificando o resultado com isso. O lance do pênalti é passivo de interpretação. Mas o primeiro, não”, reclamou o técnico Tite após o confronto em Rostov, mais um com decisões polêmicas da arbitragem na estreia do Brasil em Copas.

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