Patrik Henrique iniciou 2022 desafiando física e psicologicamente seus próprios limites. Na última semana, o atleta juiz-forano correu 217 quilômetros – mais que cinco maratonas – na disputa da tradicional Brazil135 Ultramarathon, popularmente conhecida no meio por BR135. O atleta de 38 anos foi o 26º colocado na disputa geral do evento após largada às 5h57 da quinta-feira (13) em São João da Boa Vista (SP) e chegada à 0h25 de sábado (15), já no município mineiro de Paraisópolis, totalizando 42 horas e 28 minutos de prova.
Não fosse o bastante, ele ainda competiu na categoria solo sem apoio, modalidade em que o atleta precisa conduzir todo o material necessário para se manter durante o período de atividade – alimentos, roupas, remédios, água e o que mais ele julgar essencial. Para estar no evento, é necessário que a organização oficialize um convite, após também avaliar os candidatos interessados.
“Participar da BR135 foi algo totalmente surpreendente, pois essa ultra te leva aos extremos. Quando você acha que ela não tem como ficar pior, é nesse momento que ela te surpreende, sendo com sol forte ou chuva gelada na madrugada”, conta Patrik. “A quantidade de subidas também é algo inacreditável. Quando faltava apenas dois quilômetros para o fim da prova, ela ainda possui subidas que testam seu psicológico e corpo o tempo todo. Teve momentos em que pensei em desistir, mas graças ao apoio da minha esposa, do filho e amigos, que por meio de Whatsapp me ajudaram com mensagens de apoio, eu consegui superar mais esse desafio”, orgulha-se.
Com o resultado, Patrik recebeu uma medalha e a camisa de finisher que representam muito mais para o ultramaratonista. A superação de mais um desafio, inclusive, o motiva para a sequência de uma temporada que promete novos feitos. “Para o ano tenho mais algumas provas em mente. Em maio irei fazer 105 quilômetros de Morretes a Guaraqueçaba, aqui em Curitiba (onde ele mora atualmente); em julho, irei participar de uma de 50 quilômetros também em Curitiba. Participei dessa última no ano passado e fiquei em terceiro geral, e agora pretendo estar mais bem preparado e, quem sabe, conseguir uma colocação melhor”, antecipa Patrik, que ainda deverá correr 226 quilômetros em novembro durante a Ultramaratona Extremo Sul. “Esta é outra prova de dificuldades extremas, pois acontece na maior faixa de extensão de praias do mundo, que fica no Sul do Brasil, porém os gastos são elevados e vou ter que contar com patrocínio.”