O campeão paralímpico Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, vai representar o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos, que serão realizados em Santiago, no Chile, entre sexta-feira (17) e o próximo dia 26. Ele entra na piscina para disputar sete provas: 50m peito, 150m medley, 100m costas, 50m costas, 200m livre, 50m livre e 100m livre. O atleta, que treina na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) terá a companhia de seu treinador, Fábio Antunes, no país sul-americano.
Em entrevista à Tribuna, Gabrielzinho afirma que a preparação para o Parapan foi realizada com qualidade e que chega bem preparado. “Com muito treino, tenho tentado aperfeiçoar a técnica e juntar a força, além de manter a cabeça sempre na positividade. Estou com confiança e vou buscar o melhor tempo”. Das sete provas, o nadador avalia que pode conquistar cinco medalhas. “Três são minhas provas principais, e duas eu gosto de nadar. Dessa vez, os 50m livre serão meu principal foco”, define.
Na visão do atleta, o Parapan é a competição mais importante de 2023. Por isso, ele possui um planejamento traçado há mais de um ano para essa disputa. “Estou focado e vivendo intensamente para conseguir essa meta”, diz. Ele ainda pede a torcida da população juiz-forana. “Agradeço a todo o carinho e as energias positivas de todos para que eu possa representar cada vez melhor todos”.
Trabalho multidisciplinar
Conforme o treinador Fábio Antunes, a rotina de trabalho é o segredo para que o atleta atinja bons resultados. Ele tem passado treinos para Gabrielzinho todos os dias pela manhã, porque as finais do Parapan serão nessa parte do dia. “Com isso, já colocamos a rotina o mais próximo possível do que ele vai encontrar. O controle da alimentação é um fator importante para se destacar, já que o refeitório do evento é uma tentação”, explica.
Por realizar o programa de treino junto à equipe multidisciplinar há um bom tempo e da forma que julga ser adequada, Fábio resume as metas para o campeonato como audaciosas. “O evento é na casa do principal adversário, o chileno Albarza. Gostamos dessa pressão e de situações adversas. Não há melhor momento para tentar recordes da competição no maior número de provas”, analisa.
*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva