Juiz de Fora e região têm alcançado excelentes resultados no jiu-jítsu. Na primeira semana do Campeonato Brasileiro da modalidade, Leon Brito foi prata na faixa preta. Já na segunda, realizada no último sábado (14), em São Paulo, mais oito medalhas para a Zona da Mata. Pelo Projeto Jovens para o Futuro, de núcleo em Lima Duarte, dois ouros, com Maria Eduarda Ferreira Alves, faixa cinza, categoria infanto juvenil 3, peso médio, e João Lucas de Moraes Pereira, faixa da mesma cor, participante da disputa mirim 1, pesadíssimo; uma prata, com Christopher de Freitas Silva, e três bronzes: Alice Ribeiro Lacerda, Emanuelle Vitoria de Paiva e Ingridy Victoria de Almeida Silva.
Além deles, o juiz-forano Cláudio Ferreira, o “Brauna”, da Brabo Jiu-Jitsu, aluno do mestre Ramon Medeiros, se sagrou campeão faixa roxa, na categoria peso pesado, e Talita Oliveira, da Alliance Juiz de Fora, do mestre Paulo Borracha, também de JF, foi a segunda melhor entre as competidoras de faixa azul, no peso pena.
“Nós vamos conquistar o mundo”
Do sedentarismo à grande amizade com o mestre. É dessa forma que Brauna, campeão brasileiro na faixa roxa, peso pesado, resume sua trajetória no jiu-jítsu. Praticante do esporte desde 2017, o atleta juiz-forano do Bairro Jardim Laranjeiras, Zona Sul, viajou para São Paulo com sua esposa e realizou quatro lutas até conseguir a medalha de ouro. E em todas, o resultado foi a vitória: as duas primeiras por finalização e as últimas em decisões por pontos.
“Fiquei muito satisfeito, foi emocionante. Chorei no final de todas as lutas. Pedi a Deus que me iluminasse. Eu tinha acabado de ter um problema no joelho, estava sentindo dor. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, só não falo que foi o mais feliz porque teve o dia do meu casamento. Muito grato a toda minha equipe, sem eles eu não ia conseguir. Nós vamos conquistar o mundo”, exalta Brauna.
“Não só no jiu-jítsu, felicidade também enquanto mãe solo”
A luta e a superação vistas no tatame, muitas vezes vêm de casa. Medalha de prata na categoria master 2 (entre 35 e 40 anos), Talita Oliveira é mãe de três filhos e conta que pratica jiu-jítsu há apenas dois anos. Mesmo com a felicidade de conquistar um vice-campeonato brasileiro, a atleta, que também é professora formada em Letras e em Comunicação Social, afirma que ainda tem um longo caminho para percorrer.
“É uma felicidade também enquanto mãe solo e professora que trabalha o dia todo. Precisa ter muita força de vontade para treinar todos os dias e fazer a preparação física necessária para poder disputar um evento dessa magnitude. Eu conquistei um vice-campeonato, mas com gostinho de ouro mesmo”, acredita Talita.