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Tupi vence nos pênaltis e está na semifinal do Mineiro

tupi capa
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Não foi fácil. Foram 90 minutos e mais um pouco em que a torcida do Tupi, que marcou boa presença no Estádio Municipal teve que segurar o grito na garganta. Mesmo jogando com um jogador a mais por quase todo o segundo tempo, o Tupi não conseguiu furar a retranca da Tombense, em jogo válido pelas quartas de final do Campeonato Mineiro, neste sábado (17). Com um teimoso zera a zero no placar, a classificação foi decida na marca da cal. Nas penalidades, brilhou a estrelo do goleiro do Galo Carijó. Villar pegou duas cobranças, viveu um dia de santo e colocou o clube de Juiz de Fora nas semifinais do torneio estadual.

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O jogo

Logo aos 2 minutos, um susto. O lateral David invadiu a área carijó pela direita e saiu na cara do gol. A zaga ainda tentou cortar, mas o responsável pelo milagre foi o arqueiro Villar, que fez uma bela defesa na finalização do lance e salvou o Galo Carijó. A ameaça não diminuiu o ímpeto da torcida do Tupi, que seguiu apoiando a equipe com uma bela festa nas arquibancadas do Municipal.

Nervoso na saída de bola, o Tupi dava espaço para o Tombense nos minutos iniciais e os comandados do técnico Ramon Menezes dominaram os primeiros momentos do clássico da Zona da Mata. A primeira chance mais inspirada do Tupi aconteceu aos oito minutos. Em jogada rápida pela direita, o meia João Vitor aplicou um balãozinho para cima do adversário e desabou na área. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro mandou o jogo seguir.

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Passado o mau momento inicial, o Tupi se aventurou mais no campo adversário. Aos 17, Renato Kayser foi acionado pela esquerda, invadiu a área, mas acabou finalizando em cima da zaga adversária. No escanteio, o zagueiro Wellington subiu no segundo andar, porém cabeceou fraco. A bola se ofereceu para o atacante Reis, que encheu o pé, mandou por sobre o travessão da Tombense e desperdiçou uma boa oportunidade.

Daí para frente, o que se viu foi uma partida de baixo nível técnico em que as duas equipes quase nada fizeram para tirar o zero a zero do marcador, placar do primeiro tempo.

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Segundo tempo

O Tupi voltou ligado e animando o torcedor na etapa final. Antes mesmo do placar marcar o primeiro minuto, o meia Tchô desceu pelo lado direito e cruzou rasteiro. A defesa do Tombense afastou mal, e a bola sobrou para Kayser finalizar e obrigar o goleiro Darley a trabalhar. No rebote, a bola ficou viva na área dos visitantes, e o Galo Carijó martelou e ainda tentou finalizar por duas vezes até a arbitragem paralisar o lance: impedimento.

A história do jogo começou a mudar aos 5, quando o lateral David fez uma falta dura em Kayser no campo de defesa do Tupi. Após um eterno minuto de suspense, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro foi taxativo e mostrou o cartão vermelho para o lateral da equipe de Tombos.

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Com um jogador a menos em campo, os dois técnicos fizeram alterações imediatas e por motivos distintos. Ramon Menezes trocou o atacante Rubens por Breno para recompor a defesa do Tombense. O Tupi, de Ricardo Leão, colocou sangue novo e o volante Marcel herdou a vaga de Léo Costa. Mais do que isso, o Galo Carijó mudou sua postura e se lançou ao campo de ataque, sob a batuta de uma torcida que tentava jogar junto das arquibancadas do Municipal.

Apesar da vantagem numérica, o confronto seguiu parelho nos minutos subsequentes, com as duas equipes tentando atacar com pouca consistência. Aos 10, Reis desperdiçou mais uma oportunidade para os donos da casa, após rebote do goleiro Darley. Objetivando deixar o Tupi mais ofensivo, Leão fez mais uma mudança no Carijó, e Breno entrou na vaga de Léo Salino. A mudança também teve viés estratégico para evitar a chamada “lei da compensação”, uma vez que Salino já havia levado cartão amarelo na primeira etapa.

Aos 22, foi a vez do meia Tchô cair na área. A arbitragem mandou o lance seguir uma vez mais deixando o torcedor juiz-forano na bronca. Dois minutos depois, os dois treinadores voltaram a propor alterações. Nu Tupi, Reis deu lugar ao atacante Patrick, que havia marcado dois gols na goleada do Tupi sobre o Democrata de Sete Lagoas, no último domingo (15). No Tombense, o lateral Adriano saiu para a entrada de Theo.

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O Tupi passou a pressionar mais a partir da metade da etapa final, mas faltava aquele algo mais no último toque. Contraditoriamente, a pressão carijó levava a torcida do silêncio da apreensão à euforia da esperança. Eram mais de quatro mil “jogadores” nas arquibancadas e mais onze em campo tentado romper a retranca dos visitantes.

Aos 35, o meia Caio Cézar desabou no gramado para tentar ganhar tempo antes de deixar o capo, substituído por Natan. O tempo jogava contra o Galo Carijó, que não conseguia ameaçar, de fato, o goleiro Darley, mesmo com um jogador a mais em campo. Aos 36, Patrick perdeu uma chance incrível. Tchô cobrou falta da intermediária e levantou na área, o atacante apareceu livre na segunda trave e não conseguiu concluir, mantendo entalado o grito do torcedor. Aos 39, Marcel largou pé de fora da área e viu a bola passar próxima ao ângulo da meta defendida pela equipe de Tombos.

Penalidades

Nem tão repentina diante da pressão dos donos da casa, a explosão dos carijós ficou para a disputa de pênaltis. A torcida fez as vezes de profeta. Gritou: “Villar! Villar!” Vaiou o atacante Ewerton. Apoiado pelas arquibancadas, o goleirão jogou para a torcida, se jogou no canto esquerdo e faz uma defesa firme. Em seguida, Tchô com paradinha e tudo, bateu bem e colocou o Tupi em vantagem.

O roteiro se repetiu. “Villar! Villar!” Vaias para Theo. Desta vez, no entanto, o desfecho foi diferente: a bola morreu nas redes carijós. Tudo igual. Nada que assustasse. Kayser foi para a cobrança e largou o pé, bomba que estufou as redes e devolveu a vantagem para os donos da casa. Lá foi a torcida gritar por “São” Villar. Preces atendidas, com mais uma boa defesa na cobrança de Natan, desta vez, no canto esquerdo.

Na sequência, o lateral Rodrigo Dias converteu para o Tupi. Breno descontou para o Tombense. A redenção veio dos pés de Patrick, que veio da reserva para colocar de vez o sorriso na torcida carijó ao converter a última cobrança, decretar 4 a 2 na disputa de penalidades e ser o autor do último lance que carimbou o passaporte do Galo Carijó para as semifinais do Campeonato Mineiro, com as bênçãos de “São Villar”.

No aguardo

Com a vaga garantida nas semifinais do Campeonato Mineiro, o Tupi ainda não sabe quem será seu adversário pelo sonho de chegar a decisão do Estadual. Tampouco, se já garantiu o título de campeão mineiro do interior. Uma definição só será conhecida ao término de todas as partidas das quartas de final da competição com o embate entre Atlético e URT, neste domingo (18), às 16h, no Independência.

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