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Após mais de 40 dias de pré-temporada, Tupi estreia no Campeonato Mineiro

Tupi elenco com grama foto olavo
(Foto: Olavo Prazeres)
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O calendário do futebol brasileiro pode ser cruel de diversas maneiras. Tanto pode colocar uma equipe para disputar três partidas no espaço de uma semana quanto deixar elencos meses a fio sem ter muito o que fazer, encerrando temporadas de forma prematura. Foi o que aconteceu com o Tupi no dia 23 de setembro de 2017 quando, mesmo vencendo o Fortaleza por um a zero no Estádio Radialista Mário Helênio, deu adeus à Série C e ao sonho de voltar à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

O que havia a fazer, então? Pensar, a partir de 24 de setembro, na temporada 2018: definir comissão técnica, elenco, renovações e contratações, pré-temporada, a fim de estar o mais preparado possível para a estreia no Campeonato Mineiro, nesta quarta-feira (17), às 21h45, contra o Cruzeiro, no Mineirão. Depois de 115 dias, a equipe inicia mais uma jornada com a esperança de obter resultados melhores, incluindo um desempenho superior ao do ano passado no Estadual e a vaga para a Série B nacional em 2019.

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Com tantas mudanças nos últimos meses, o Tupi pelo menos largou na frente de alguns dos adversários ao iniciar a sua preparação há cerca de 45 dias e já deu ao torcedor uma pequena mostra do que pode fazer este ano. O grande reencontro, porém, está marcado para o próximo sábado (20), às 17h, quando o Galo Carijó recebe o Uberlândia no Mário Helênio. O sonho da torcida é que a pré-temporada e os reforços ajudem o Galo Carijó não só a passar da primeira fase no Mineiro, mas que também consiga voltar a figurar entre os quatro melhores times do estado.

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Desfalques por falta de inscrição prejudicam setor ofensivo

Apesar de o torcedor não ter se acostumado, as ausências por demandas burocráticas são recorrentes em inícios de temporadas no Tupi. Para a estreia, novamente o clube não poderá contar com alguns atletas pela falta de inscrição no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. O setor ofensivo será o mais prejudicado, visto que os atacantes Reis, Renato Kayser e Igor Potiguar não foram regularizados a tempo para o confronto. “Isso inviabiliza algumas coisas para nós. Mas os jogadores que vão entrar fizeram uma boa pré-temporada, e estamos confiantes de que aquilo que plantamos ao longo do mês de dezembro e nessa parte de janeiro irá nos ajudar bastante não apenas para esse primeiro jogo, mas para toda a temporada”, opinou Barroso.

Se o técnico alvinegro repetir a formação utilizada no treino da manhã desta terça (16), em Santa Terezinha, antes de viajar para a capital mineira, a tendência é que o Carijó atue com Vilar; Rodrigo Dias (João Vítor), Sidimar, Wellington e Udson; Léo Costa, Francesco, Afonso e Paulinho; Patrick e Rodrigo.

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Organização é a chave

(Foto: Olavo Prazeres)

O desafio de encarar um dos principais elencos do país logo na primeira partida oficial do ano e no Mineirão é encarado como um dos mais difíceis do campeonato. Logo, apesar de acreditar no retorno com ao menos um ponto, Barroso se apegará, prioritariamente, na aplicação da sua filosofia de jogo. “Jogar com o Cruzeiro em qualquer circunstância é muito difícil. O objetivo do Cruzeiro é ganhar a Libertadores e disputar o Mundial, para você ver a qualidade que eles têm. Para se ter uma ideia, nosso orçamento não chega a 1% da folha salarial deles. O que nos resta é ser extremamente organizados, táticos. É uma partida que mexe com a atenção do jogador e espero que estejam confiados e possam fazer um jogo de qualidade e trazer pontos de Belo Horizonte”, avalia à Tribuna.

E mais: ao projetar a sequência no Mineiro, Barroso acredita que uma atuação estruturada já nos primeiros 90 minutos pode significar tudo. “Porque se você ganha o jogo de forma desorganizada, se ilude. Mas um resultado satisfatório e organizado mostra que o time está em um bom caminho. O mais importante é você desenhar um modelo de jogo para a equipe, o que não acontece da noite para o dia. Contra o Cruzeiro e Uberlândia, em alguns momentos, esse modelo estará bem caracterizado, mas em outros não. Não estou falando de esquema tático. Você pode jogar com quatro, três zagueiros, dois ou três atacantes, mas respeitando o modelo de jogo, em que a equipe valorize a posse de bola, jogue em linhas encurtadas, tenha um bom poder de marcação e, acima de tudo, agressividade na saída de bola do adversário. É isso que queremos desenhar. Tenho certeza de que vamos conseguir, mas quanto tempo para que isso se torne uma dinâmica da equipe é que vamos determinar ao longo da competição”, ressalta.

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Confira a trajetória do Tupi desde a formação do elenco

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