Marcos Henrique do Nascimento, o Marcão, 29 anos, subiu degrau por degrau, com fome de conhecimento, até chegar ao cargo de técnico do JF Vôlei. Natural de Santos (SP), ele iniciou a carreira no voleibol como estagiário no Peixe e, já efetivado como estatístico do Santos, sagrou-se campeão estadual infanto-juvenil de 2012. Desde então, o profissional foi conquistando seu espaço e, com cada treinador que trabalhou, filtrou qualidades que passou a utilizar nesta pré-temporada, agora no comando da equipe juiz-forana.
A partir da auxiliar técnica Fernanda Brandão, a Tribuna apresenta, desde a última sexta-feira (10), a comissão técnica do JF Vôlei para a temporada 2018/2019. Neste contexto, Marcão contou o caminho percorrido até Juiz de Fora. Depois de catador de bola, estagiário e estatístico no Santos, ele acumulou ainda mais experiências profissionais em diferentes funções nos corpos técnicos que integrou.
“Quando me formei, tive a oportunidade de ser assistente técnico do Rio Claro na Superliga B e no Paulista, em 2013. Tive uma passagem de um mês no Volta Redonda (RJ), na Superliga A, não deu certo, voltei para Santos e trabalhei com o juvenil feminino e masculino como assistente e estatístico. Depois, em 2015, fui para o Bento Vôlei (RS) atuar nas categorias de base. Trabalhei com o Carlão (Mantovanelli, ex-atleta e atual treinador), que é um cara de quem gosto muito e me ajudou. Foram duas temporadas lá, como estatístico no adulto, além de técnico e auxiliar na base. E no ano passado tive o contato com o Henrique (Furtado, ex-comandante do JF Vôlei), que me trouxe para cá, e sou muito grato por isso também. Fiz as funções tanto de análise de desempenho quanto de auxiliar técnico dele”, recapitula.
Parcerias
As vivências deram a Marcão a oportunidade de conviver com dois diferentes profissionais, mas de extrema importância em sua carreira. Em Bento Gonçalves (RS), foi auxiliar de Paulão, nome da principal prateleira do voleibol brasileiro, atleta da Seleção Brasileira da modalidade e que, com a camisa amarelinha, foi ao topo do pódio da Olimpíada de Barcelona, em 1992. Já no último ano, o estudioso Henrique Furtado, de forte ligação com a base, foi o companheiro de área técnica.
“O Paulão é um cara fantástico. Um líder fora e dentro de quadra, que com a paz dele consegue organizar tudo. Tivemos o sexto lugar em uma Superliga muito difícil. No outro ano, um pouco conturbado, ficamos em nono, mas realizamos grandes jogos e aprendi muito. Já o Henrique me ensinou muitas coisas de estatística, estratégia, comando de grupo e como lidar com os jovens. É um cara que acrescentou muito na minha formação como treinador e devo muito a ele”, agradece Marcão.
Responsabilidade e alegria no JF Vôlei
Há duas semanas no comando do novo elenco juiz-forano, de nomes escolhidos a dedo por ele mesmo, Marcão admitiu ser árduo o dever na temporada, mas fez questão de realçar o sentimento de felicidade em estar a frente do desafio. “Tenho toda a tranquilidade e o apoio da diretoria. É uma responsabilidade grande demais, desde a formação do time. Sabemos das nossas limitações, mas estou muito feliz com o grupo que montamos. Me encanta, me traz muitas coisas boas, e a todo momento penso neles para montar o melhor treino possível para que cheguem na melhor forma física também.”
Até o momento, a parte física, com o preparador Vinícius Figueiroa, tem sido o foco das atividades, como na quadra de areia do Clube Bom Pastor, acompanhada pela Tribuna. “A prioridade é a parte física, não podemos nos descuidar. Nosso grupo ainda é de um número reduzido, então todo cuidado é pouco. Temos dosado bem a carga e dado ênfase à parte física e ao controle técnico, lembrando que o nosso principal objetivo é a Superliga B”, destaca Marcão, lembrando da competição nacional que deve ser iniciada apenas em janeiro de 2019. Antes, em setembro, o JF Vôlei disputa o Campeonato Mineiro.