O piloto paulista Carlos Gomes, radicado em Juiz de Fora, terá mais um grande desafio pela frente. Trata-se da Copa Brasil de Kart, que acontece no Circuito Internacional Paladino, em Conde, na Paraíba, de 21 a 27 de julho. Para se preparar para a competição, o piloto participou do Campeonato do Nordeste de Kart, realizado na mesma pista que sediará o torneio nacional, e conquistou o terceiro lugar.
Carlos explica que o Campeonato do Nordeste foi encarado como uma última preparação para a Copa Brasil. “A maioria dos pilotos que vão participar do campeonato já vão para lá para treinar, participar por ser no Nordeste. É complicado você ter que ir antes, treinar, levar equipamento. Então, quando tem algum campeonato assim, que é pré-nacional, a gente tenta aproveitar ao máximo”, relata o piloto.
Mesmo encarando o campeonato como um treinamento, Carlos valoriza o terceiro lugar conquistado. “Esse ano a gente ficou um período maior sem treinar e eu voltei nas últimas etapas do Campeonato Carioca como treinamento para essa competição. (O resultado) ficou dentro do que a gente esperava, porque a gente está entre os três melhores”, destaca Gomes.
Além do terceiro lugar, Carlos ressalta que o principal foi o ritmo que manteve durante a prova. “A gente está na mesma batida de todo mundo, e isso é bem importante. No campeonato, juntaram algumas categorias. Quem correu comigo, por exemplo, já foi quarto colocado no Rally Dakar, ou seja, vive disso, são profissionais, vivem do automobilismo mais do que eu, que ainda tenho essa minha parte empresarial. Então foi muito bom o resultado”, valoriza.
Em busca do título inédito
O primeiro dos dois principais desafios para Carlos no ano acontece na semana que vem. O piloto voltará à pista do Paladino para buscar um título inédito para a região da Zona da Mata: a Copa Brasil. “Eu comecei a minha preparação para a Copa Brasil com uma quantidade menor de treino. Intensifiquei a quantidade faltando cerca de um mês e meio, e agora nessa última semana já foi toda de treino antes da corrida. Essa semana, que voltei para Juiz de Fora, também vou acabar treinando fora do circuito para não perder reflexo, manter o que eu consegui para chegar lá e conseguir um resultado legal, que é o título”, descreve.
Carlos relata que aproveitou o tempo durante a realização do Campeonato do Nordeste para conhecer a pista, já que nunca havia pilotado no circuito anteriormente. Além disso, o piloto entende que, para desempenhar bem durante a Copa Brasil, a força psicológica deve prevalecer.
“A estrutura psicológica que tenho que ter é muito grande, porque às vezes tem os outros pilotos da região que já correram lá nos últimos anos, em outras competições, então eles têm mais facilidade de se adaptar à pista do que eu. O físico a gente vem melhorando ao decorrer do ano, você vai fazendo uma preparação para quando você chegar ali perto do campeonato estar preparado. Agora, a questão psicológica é quando você está ali dentro da pista, porque você tem que ter muita calma, senão você não vai conseguir o resultado rápido, tem que se atentar muito para andar o máximo possível, aproveitar cada volta para conhecer o circuito”, explica Carlos.
Vencer é o principal objetivo
Após conseguir o terceiro lugar no Campeonato do Nordeste, Carlos se coloca como um dos favoritos para um bom resultado na Copa Brasil. “É uma forma que eu me pressiono, porque não posso ficar em terceiro ou segundo lugar, pra mim, nada disso me contenta. No ano passado, a mesma coisa no Brasileiro, eu era o mais rápido e no final tive vários problemas mecânicos. Não adianta você ser rápido e, às vezes, não ver o resultado. Então, é pensar só em ganhar. Não tem jeito, automobilismo é assim, a gente brinca que é 99% de frustração e 1% de glória. Você lida como um favoritismo, mas só tem certeza dele depois que você cruza a linha de chegada”, explica.
O segundo principal compromisso de Carlos neste ano é o Campeonato Brasileiro, que acontece em Londrina durante o mês de novembro. Diferentemente do ano passado, a meta de 2024 é participar apenas de competições nacionais. “Esse ano vão ser apenas os principais (para disputar), que são os dois nacionais”, conta.