Uma das explicações para este número tão extravagante de penalidades está na implementação do auxílio tecnológico do árbitro de vídeo (VAR). Com ele, o árbitro da partida é avisado de qualquer irregularidade que passou despercebida do trio de campo, obtendo a possibilidade de rever a sua primeira decisão. Quando a dúvida ainda persistia,o juiz poderia ir até a parte lateral do campo e rever o lance por um monitor para tirar melhores conclusões para definir a sua decisão final.
Esse auxílio tecnológico teve uma participação decisiva em 16 desses pênaltis marcados. Isso significa que mais da metade das penalidades anotadas durante os 64 jogos do torneio até o momento tiveram a influência da tecnologia. Nesse processo, é importante ressaltar, existem casos de infrações que passariam despercebidas ao trio de arbitragem, já em outros casos o árbitro apenas confirmou a sua opinião após rever o lance na beirada do campo.
Vale lembrar que o auxílio tecnológico também contribuiu para a arbitragem no sentido contrário desse número. Como foram os casos da penalidade assinalada sobre Neymar no confronto diante da Costa Rica, que o árbitro voltou atrás de sua decisão após a revisão no monitor, ou o pênalti desmarcado em favor de Senegal contra a Colômbia quando o juiz foi avisado que a falta estava sendo marcada incorretamente.
Para se ter uma ideia do quanto o VAR influenciou nesses números, basta relembrarmos a quantidade de penalidades marcadas em cada um dos mundiais. Em 1990, 1998 e 2002, a edição do torneio terminaram com 18 pênaltis marcados, vale ressaltar que a Copa de 90 aconteceram menos partidas devido ao sistema de disputa. Na edição mais recente, por exemplo, foram marcados apenas 13 infrações em 64 partidas.