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Aos 89 anos, morre o narrador Silvio Luiz

silvio luiz foto Antonio Chahestian Record
Autor de clássicos bordões, Silvio Luiz deixou esposa e três filhos (Foto: Antõnio Chahestian/Record)
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Morreu, aos 89 anos, na manhã desta quinta-feira (16), o narrador Silvio Luiz. Após sofrer um derrame durante uma transmissão ao vivo na Record, ele estava internado, em coma induzido e intubado, no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. O locutor deixa a esposa Márcia, cantora com quem era casado desde 1989, e os filhos Alexandre, Andréa e André. Em menos de 24 horas, o jornalismo esportivo perdeu três referências: além do narrador, também foram confirmadas as mortes de Washington Rodrigues, o Apolinho, e do comentarista Antero Greco.

A unidade de saúde, onde Silvio Luiz estava, emitiu uma nota de falecimento. “O Hospital Alemão Oswaldo Cruz informa que o paciente, Sr. Sylvio Luiz Perez Machado de Souza, 89, faleceu nesta quinta-feira (16/5) às 9h40, em decorrência de falência de múltiplos órgãos”, começou o comunicado, que ainda conteve mais detalhes.

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Os especialista deram mais detalhes: “O narrador esportivo e jornalista estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital desde o dia 8 de maio. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz lamenta o falecimento, a direção, equipe médica e assistencial se solidarizam com os familiares e amigos neste momento de dor”, encerrou.

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Silvio Luiz fez sucesso com bordões

Sylvio Luiz Perez Machado de Souza, popularmente conhecido como Silvio Luiz, nasceu em São Paulo em 14 de julho de 1934 e começou a carreira na comunicação com a ajuda da mãe, Elizabeth Darcy, que era locutora. Em 1952, o narrador ingressou na Rádio São Paulo para participar de locuções e radionovelas. Em seguida, foi para a TV Paulista, onde começou a jornada na área esportiva como repórter de campo, aos 17 anos.

Já aos 18, Silvio Luiz começou a primeira passagem pela TV Record, e fazia tudo o que aparecesse na emissora. Foi repórter, operador de câmera, apresentador e até ator, quando interpretou o Julinho na primeira versão da novela Éramos Seis.

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Em 1960, rumou para a Rádio Bandeirantes, onde cobriu a Copa do Mundo de 1962, e integrou também a equipe de transmissão do torneio na edição de 1974, naquele que foi o último trabalho como repórter de campo. Em 1976, voltou à TV Record, dessa vez como diretor de programação. Começava, assim, a carreira de Silvio Luiz como narrador.

Ele se revezava na locução das transmissões com Hélio Ansaldo. Pouco depois, Hélio pediu para Silvio assumir todas as narrações das partidas, e o paulistano se tornou o principal narrador da emissora.

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Não demorou para que Silvio cativasse o público. Seu jeito irreverente, que unia humor e descontração à informação esportiva, chamava a atenção. As transmissões eram marcadas por bordões como ‘olho no lance’, ‘pelo amor dos meus filhinhos’, ‘pelas barbas do profeta’ e ‘vai mandar lá no meio do pagode’, frases que transcenderam o meio esportivo e ficaram amplamente conhecidas.

Silvio Luiz também tem passagem pela Rede Bandeirantes, SBT, Rádio Transamérica, Rádio Jovem Pan, RedeTV! e até MTV, onde fez parte do programa RockGol. O narrador já trabalhou na Copa do Mundo de 1978, na Olimpíada de Atlanta-1996 e na Copa do Mundo de 1998. Nos anos 2000, participou das transmissões da Olimpíada de Pequim-2008, e já narrou também partidas da Série B do Campeonato Brasileiro, do Campeonato Italiano, do Campeonato Inglês, do Campeonato Carioca e do Campeonato Paulista.

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