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Que tal uma corridinha básica de quase 500km?

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“É um percurso direto, não tem voltas, então cada trecho tem suas diferenças. E a prova tem muito sobe e desce, terrenos irregulares. Vou fazer tudo dentro do meu planejamento de pace (ritmo) tentando não deixar algum atleta se separar muito de mim”, diz Farinazzo (Foto: Fernando Priamo)
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O ultramaratonista Marco Farinazzo já coleciona pódios e provas de centenas de quilômetros por todo o mundo, mas não se cansa de superar o histórico. A partir desta sexta-feira (16), o juiz-forano inicia sua participação na 4ª Authentic Phidippides Run, com percurso de 490km saindo de Atenas, passando por Sparta e volta para o local da largada em mais de 60 horas de prova. Após experiência parecida no último ano, na Spartathlon Ultra Race, Farinazzo volta a refazer os passos do ateniense Fidípides, em 490 a.C., na época da Batalha de Maratona.

“Será uma prova mais tradicional, com ida de 245km e volta na mesma distância. O percurso é praticamente o mesmo da Spartathlon. Não sei se em alguma parte muda. O caminho é o mesmo do Fidípides. Como em toda ultramaratona deste formato, vou tentar fazer uma prova o máximo de conservadora possível, manter um ritmo médio, porque não adianta sair muito afobado. Tenho que preservar um pouco mais, fazendo mais paradas de descanso sobretudo na ida para, na volta, ter uma prova focada nos outros atletas, dependendo do meu posicionamento”, avalia Farinazzo.

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Como equipe de apoio, o atleta local conseguiu contato com um brasileiro que mora na Grécia. “Pelo Facebook consegui encontrar um paulista, de Santos, o Christian, que curiosamente é professor de Educação Física, faz as corridas dele lá e ficou impressionado com a distância da prova!”, conta.

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Até agora, a prova mais longa de Farinazzo foi a BR135+, em 2015, quando ele correu – e venceu – etapa de 330km. O ultramaratonista ainda se preparava para uma outra prova, de largadas, em percurso fechado de 6,7km. Se as diferenças o assustam? Só motivam.

“Meus contatos me disseram que começou a esfriar na Grécia e tem possibilidade de chover, então faço estratégia em cima do tempo do atleta que ganhou no ano passado, com cerca de 70 horas de prova. Consegui a inscrição na correria e meu objetivo é tentar o pódio, baseado nos treinos que estou fazendo, em que tive apenas que mudar estratégias. É um percurso direto, não tem voltas, então cada trecho tem suas diferenças. E a prova tem muito sobe e desce, terrenos irregulares. Vou fazer tudo dentro do meu planejamento de pace (ritmo) tentando não deixar algum atleta se separar muito de mim”, projeta.

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Com inscrição feita de última hora, Farinazzo treinou no Morro do Cristo, na UFJF e em locais de terrenos menos planos. Junto à preparação técnica veio o apoio das pessoas próximas. “É impressionante o que o esporte faz quando estamos em uma correria para conseguir participar de uma prova. Acabei envolvendo muitas pessoas do meu trabalho, dos treinos, amigos. Consegui participar dessa prova graças ao apoio do pessoal da Brigada de Montanha do Exército e da Comissão de Desportos do Exército, o senhor Eduardo, da Camilo dos Santos, ao pessoal da Alta Patente, meu fisioterapeuta Téo Lopes e em especial a minha família, que em todo momento me apoiou. Todos serão uma motivação para mim, só o esporte une os povos”, diz.

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