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Juiz-forano participa de Mundial de tumbling pela Seleção

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Se eu pegar medalha, ótimo, claro, mas só ir já é uma experiência muito grande. E essa participação é muito importante para nós da ginástica. Muitas meninas pequenas mesmo já dizem que querem ser igual eu. Fico sem reação! (Foto: Olavo Prazeres)
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O jovem Rodrigo Rezende, de apenas 14 anos, está vivenciando em 2017, na prática, a capacidade do esporte em trazer experiências inesquecíveis. Em julho, quando o ginasta do Clube Bom Pastor viajava para Ouro Preto (MG) atrás de títulos estaduais em diferentes aparelhos no Campeonato Mineiro de Ginástica de Trampolim, o juiz-forano sequer cogitava a possibilidade de, quatro meses depois, estar em solo europeu, mais precisamente em Sófia, na Bulgária, para defender a Seleção Brasileira no Mundial pela primeira vez em sua carreira, na categoria de 13 e 14 anos, com disputa no tumbling. Nesta quinta (16) ele já inicia as provas preliminares.

Até a conquista da vaga, Rodrigo teve uma trajetória vitoriosa, com títulos no tumbling também do Brasileiro, em que foi convocado para o Mundial e para o Sul-Americano, realizado em setembro, na Colômbia, quando novamente voltou com medalhas. A cada passo, a esperança do jovem aumentava, até a vaga ser oficializada.

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“No Estadual não imaginava que participaria do Mundial porque estava muito difícil de classificar. Mas no Brasileiro eu já tinha uma chance, o Déber (Zambelli, técnico) chegou a comentar comigo. E no último dia do Brasileiro ele chegou no hotel todo feliz, gritando que nem doido, dizendo que eu tinha me classificado para o Mundial. Eu, deitado na cama mexendo no celular, paralisei! Pensei que fosse outra pessoa, não eu. Depois disso fomos para o Sul-Americano e começamos a pegar mais pesado para o Mundial, em que acrescentamos mais um elemento para dificultar minha série”, relembra e antecipa Rodrigo.

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Há dez anos treinador de Rodrigo, Déber optou, em consenso com o atleta, por elevar o nível técnico da apresentação para a Bulgária, medida necessária para competir com atletas de alto nível da ginástica de trampolim. “Mudamos a série para o Mundial, colocamos mais um elemento que não havíamos inserido nas outras competições, para que ficasse mais forte. Não sabemos ao certo quantos serão os competidores, mas os russos e americanos sempre são muito fortes. Buscaremos ficar entre os dez melhores”, prevê Déber.

A competição

As provas preliminares estão programadas para a manhã desta quinta. Nesta etapa, Rodrigo terá que realizar uma série com requisitos obrigatórios e outra livre. Se conquistar a classificação às finais, a nova performance será no mesmo dia, mas no período da tarde. A dupla está na Bulgária desde a noite da segunda-feira (13), e já se reuniu e treinou com os companheiros de Seleção Brasileira em Sófia. À vontade com a novidade no salto, por já realizar nos treinamentos antes mesmo da ideia de implementar no Mundial, Rodrigo não esconde a tensão pré-estreia.

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“Sempre fico nervoso, mas no Mundial acho que vou ter um infarto quando competir, são 43 países! Acredito que será mais difícil do que no Sul-Americano. Como os outros competidores têm mais estrutura e estão mais acostumados a eventos assim. Até por isso dificultamos minha série”, revela, sorrindo.

Independente do resultado, contudo, a vaga, histórica ao esporte juiz-forano, já satisfaz o ginasta. A conquista é tão importante que o jovem, mesmo com pouca idade, já é considerado um exemplo à companheiras de modalidade. “Só de já estar no Mundial já está bom para mim. Se eu pegar medalha, ótimo, claro, mas só ir já é uma experiência muito grande. E essa participação é muito importante para nós da ginástica. Muitas meninas pequenas mesmo já dizem que querem ser igual eu. Fico sem reação!”, conta.

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