Com mais preocupações ofensivas e na criação de alternativas táticas para surpreender os adversários, o Manchester dá largada ao returno da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro neste sábado (16). Na quarta colocação do grupo C com 5 pontos, a equipe juiz-forana terá pela frente justamente o líder da chave, o Boston City, detentor de 9 pontos, em partida no Estádio Juscelino Kubitschek, em Manhuaçu, às 15h.
Até aqui, os Capivaras venceram uma partida, empataram duas vezes e perderam só um confronto, justamente para o Boston, em Juiz de Fora, por 2 a 1. Os números agradaram menos que o desempenho da equipe, conforme avaliação do técnico Eduardo Luersen à Tribuna.
“Foi um primeiro turno bom. A pontuação não é aquela que gostaríamos, mas foi positivo em relação ao entendimento tático do modelo de jogo e da evolução, principalmente na questão física, já que tivemos pouco tempo de trabalho antes da competição, apenas 15 dias de preparação com o time todo. Sabíamos que esse crescimento viria durante o campeonato”, analisa o treinador gaúcho. “Mas para o segundo turno, a expectativa é bem melhor, até pelos reforços e a tendência de continuidade nesta evolução em campo”, antecipa.
E ainda olhando para a reta final da primeira fase do torneio estadual, Luersen acredita que há necessidade de apresentar alternativas ofensivas bem como trabalhar as jogadas no popular último terço do campo, principal dificuldade juiz-forana na visão do comandante.
“Estamos buscando algumas variações para não ficar na mesma estrutura de jogo e dificultar os adversários. Temos trabalhado mais a parte ofensiva agora. Pelo pouco tempo de trabalho, no primeiro turno consolidamos o sistema defensivo”, expõe o treinador. “Na nossa única derrota, contra o Boston, deixamos de matar o jogo no primeiro tempo. Agora precisamos ganhar os jogos e, pra isso, temos que ser eficientes no ataque”, completa.
‘Mais do que 6 pontos’
Questionado se o duelo contra Boston é um daqueles clichês “jogos de 6 pontos”, Luersen foi além. “Vale mais. Hoje estamos a quatro pontos deles e uma vitória nos deixa ainda mais no bolo com os outros times (América-TO e Contagem, 2º e 3º lugares, com 7 pontos cada).”
Os dois primeiros de cada chave avançam ao mata-mata da Segundona, com os dois terceiros melhores colocados da competição também se classificando. “Depende só de nós. Mas precisamos melhorar essa questão ofensiva e poder matar o jogo quando der. Fizemos uma avaliação nesta semana e todos entenderam que tivemos chances de vencer as partidas, mas pecamos nesse último terço”, afirmou o técnico.
Para o duelo, Luersen sabe que não poderá contar com o volante juiz-forano Albert Coquinho, suspenso. Caso ele opte por repetir a escalação do último jogo, o Manchester terá em campo Matheus Poletine; Negueba, Eduardo Santos, Rayan Ribeiro e Caio Felipe; Matheus Batista, Raian e Eliu Júnior; Kassinho, Júlio Azevedo e Hugo.
Torcida em breve no Municipal
Uma novidade que anima o elenco do Manchester, conforme Luersen, é a provável volta de torcedores à arquibancada do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio para os jogos em casa no returno.
“A expectativa já era grande para o jogo contra o América-TO (última rodada), mas não houve tempo hábil, conforme a Prefeitura, pra liberar o estádio. Mas a diretoria está trabalhando em cima disso. Todos estão querendo o retorno de público. A gente ‘acostuma’ pela pandemia, mas vendo todos os campeonatos retornando com público, vemos o quanto mexe com o atleta. E como muitos do nosso elenco são da cidade e região, acredito que também tenhamos o contato das famílias, o que sempre incentiva”, projeta o treinador.