O JF Vôlei entrou em quadra pela última vez no Campeonato Mineiro de 2018 no fim de semana e, após perder a semifinal para o Sada Cruzeiro por 3 sets a 0 (25/22, 25/19 e 25/21) na sexta-feira (12) e a disputa do bronze para o Lavras Vôlei no sábado (13), pelo mesmo placar, com parciais de 25/22, 25/22 e 25/20, o time juiz-forano terminou o Estadual na quarta e última colocação na campanha sem vitórias. Apesar da evolução em quadra reiterada pelos profissionais da equipe local, a busca por reforços ganha força na preparação da Superliga B, marcada para janeiro de 2019, assim como a realização de amistosos, como confirmou o treinador Marcão.
“Estamos conversando por duas posições para fechar o grupo, mas não posso dizer nesse momento quais são elas. E já estamos programando amistosos inclusive na cidade com dirigentes de clubes de diversos níveis e escolas diferentes, até porque a Superliga B é bem diversificada nesse sentido, diferente do Mineiro, por exemplo, de saque e ataque. O volume de jogo acontece, mas em menor número por conta da força de ataque dos times”, explica o comandante.
Do atual elenco, o único oposto, Gabriel Tosim, é quem ainda não possui permanência garantida, como relata o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara. “Alguns detalhes, mais da parte dele do que nossa, precisam ser resolvidos. Acreditamos no jogador e queremos que permaneça. As conversas estão avançadas.” No Mineiro, o ponteiro Vitor foi improvisado na saída de rede mesmo com Tosim à disposição. Logo, a função de oposto é prioridade para a equipe.
Outra posição que pode ser reforçada é a de central, caso Diego Almeida, que sofreu luxação no ombro direito, tenha que passar por cirurgia. Com uma semana de folga, os atletas voltam aos treinos na próxima segunda-feira (22). Antes disso, uma reunião está agendada, segundo Bara, para tratar os possíveis alvos para encorpar a equipe. “Precisamos ser cirúrgicos pelas questões financeiras. Mas as prioridades serão definidas nessa reunião. Precisamos, de qualquer forma, buscar novos atletas para o elenco que é muito enxuto”, lembra o diretor. Jovens da base do Clube Bom Pastor vêm participando ativamente de treinos para ganhar experiência, mas também pelo pequeno número de atletas a disposição da comissão técnica atualmente.
A partir da retomada dos treinamentos, os amistosos também devem ser marcados. “Planejamos jogos a partir de meados de novembro, mas o que surgir deveremos aceitar. Tivemos a possibilidade, por exemplo, de receber o Flamengo nessa semana, mas já havíamos dado folga aos atletas, então não tinha como. Mas estamos em contato com times do Rio como a AABB que deve jogar a Série C, além da equipe B do Minas. Queremos casar uma boa série de amistosos”, garante Bara.
Frustração
O técnico Marcão não escondeu sua satisfação ao comparar as performances do JF Vôlei do final de agosto até esse fim de semana. Contudo, o treinador admitiu que deixou o Mineiro com a sensação de que a medalha de bronze poderia ter sido conquistada. “Sem desmerecer a equipe adversária (Lavras), muito boa e bem dirigida, crescemos muito durante o campeonato, chegamos com um nível muito diferente do primeiro jogo e por isso esperávamos um pouco mais. Seguimos errando muitos saques e não neutralizamos pontos como os centrais Brunão e Ualas, o que dificultou bastante. Fica a sensação de que podíamos agredir mais e ter outros resultados”, aponta.
O final do Mineiro encerra a primeira fase da temporada 2018/2019 do JF Vôlei. Apesar do último lugar na tabela, Marcão viu pontos positivos na campanha. “Conseguimos colocar algumas filosofias de defesa em prática e partes táticas interessantes. Mas agora teremos um tempo bacana onde iremos voltar para a fase básica, primeiro, para explorar características técnicas que acharmos certo de acrescentar com a realização de amistosos”, diz.