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UFJF recebe atletas de alto nível em parceria com Comitê Paralímpico

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Maior parte dos paratletas que treinam na Faefid são da natação (Foto: Gessica Laine/UFJF)
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A Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) passou a ser considerada como Centro de Referência Paralímpico (CRP), através de um parceria feita com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), no ano passado. O acordo é válido até os Jogos Paralímpicos de Paris, que acontecem entre agosto e setembro de 2024, com possibilidade de prorrogação. Atualmente, o espaço, que recebe principalmente atletas da natação, conta com 40 nadadores, sendo 15 deles com índice para competições estaduais, nacionais e mundiais.

Os Centros de Referência estão dentro do Plano Estratégico montado pelo CPB em 2017 e reativado em 2021, com o intuito de oferecer aos atletas uma maior variedade de locais para treinamentos, que vão desde a iniciação até o alto rendimento. Jefferson Macedo Vianna, diretor da Faefid, explica que as negociações com o Comitê começaram através da sugestão de Fábio Antunes, técnico de atletas como o multimedalhista Gabriel Araújo, o Gabrielzinho

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“As tratativas começaram em 2021, a partir do momento em que o Fábio fez contato com a Faculdade com a intenção de levar seus atletas nadadores para treinar aqui, usar a piscina da Faefid”, relata o diretor, que foi informado por Antunes sobre o projeto do CPB. 

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Ainda segundo Jefferson, o acordo não prevê pagamentos para a instituição. “Eles (CPB) pagam apenas o treinador e um coordenador técnico, além dos custos com viagens e estadias para competições. Esse é o único investimento até o momento do Comitê Paralímpico. A manutenção do espaço e a disponibilização de horários para os treinamentos são por nossa conta”.

Outros locais de treinamento

Além da UFJF, Minas Gerais conta apenas com outros dois centros de referência, um localizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte; e outro em Uberlândia. Jefferson entende que essa condecoração é benéfica para Juiz de Fora em muitos aspectos, que vão além dos atletas que utilizam o espaço. “O primeiro aspecto importante é oportunizar os atletas que passam a ter um local de excelência para os seus treinamentos. É difícil ter uma estrutura como nós temos aqui sendo ofertada para que os atletas possam treinar. O outro aspecto é para a Faefid. Os alunos aproveitam a estrutura como estágio, e é algo que pode auxiliá-los na sua formação e futuramente sair com um know-how maior, com um nível maior de conhecimento. Para os alunos, isso é de extrema importância na sua formação acadêmica”, analisa o diretor da faculdade. 

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O Centro de Referência Paralímpico de Juiz de Fora conta com atletas de diversas localidades do Brasil que buscam o espaço para aprimorar os seus treinamentos. Jefferson acredita que eles buscam a cidade graças ao trabalho que é realizado na Faefid. “Nós temos atletas campeões mundiais, paralímpicos, de altíssimo nível. Além deles, temos os intermediários, e alguns estão vindo de fora. Estão morando aqui para seus treinamentos. E isso também serve como um chamariz. À medida que os resultados vão aparecendo, os atletas conversam entre si sobre onde treinam, e isso facilita o interesse de vir pra cá”, analisa Macedo.

Trabalho conjunto

A Faefid recebe, além dos atletas que buscaram o espaço depois da chancela como Centro de Referência, outros praticantes que participam dos projetos da Secretaria de Esporte e Lazer (Sel) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com o objetivo de capacitar novos esportistas e iniciá-los no meio paralímpico. Giselle Muniz, professora de natação paralímpica da SEL, entende que essa mescla entre paratletas profissionais e iniciantes é positiva. “O Centro de Referência veio para somar ao trabalho já desenvolvido pela PJF. Temos suporte, infraestrutura, capacitação profissional, produção de conhecimento sobre a temática, além da descoberta de novos talentos e, consequentemente, a renovação da geração de atletas. No Centro de Referência conseguimos atender alunos com objetivos de saúde e qualidade de vida, e também podemos direcioná-los ao alto rendimento”, explica.

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