A lutadora baiana Beatriz Ferreira, 24 anos, que mora e treina em Juiz de Fora com o pai, o ex-atleta de boxe Sergipe, já possui a certeza de que irá carregar no peito mais uma medalha. Em Tegucigalpa, capital de Honduras, Bia representa a Seleção Brasileira de Boxe e conquistou vaga na final do Campeonato Continental da modalidade, na categoria até 60 kg. A grande decisão será disputada na noite da sexta-feira (16), contra a canadense Caroline Veyre.
Para se creditar à disputa do ouro, Bia superou em apenas dois rounds a concorrente Elki Chacon, da Nicarágua, na estreia, por nocaute técnico, e passou pela venezuelana Krizandy Rios por decisão unânime na semifinal. Nessa luta, sua última até aqui, na madrugada de terça para quarta-feira (14), três dos cinco árbitros deram a ela vitória por 30 a 27 e os outros dois por 29 a 28.
À Tribuna, Sergipe comemorou a performance de sua filha e aluna e confidenciou parte da conversa após a última vitória. “Estou em contato com ela todos os dias. Logo após a luta, ela me ligou, contou cada movimento e passei minhas dicas. Disse para ela não entrar de salto alto. Para mim, a primeira luta dela já foi de ouro, porque estava entrando no clima, era tudo novo. Mas nessa última, ela já está a todo vapor, precisa se movimentar bem e evitar tomar golpes. Se levar, deve responder com três, quatro. Não pode boxear com a mão baixa, precisa seguir com bons giros.”
Além da vaga na final, Bia já assegurou participação no Campeonato Mundial Open Boxe, que será realizado em Hamburgo, na Alemanha, no final de agosto.