Ícone do site Tribuna de Minas

Presidente da CBF diz que irá aceitar decisão de clubes sobre paralisação

ednaldo rodrigues by thais magalhaes cbf
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, falou sobre a possibilidade de paralisação da Série A (Foto: Thais Magalhães/CBF)
PUBLICIDADE

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, afirmou que a entidade vai acatar a futura decisão dos clubes em relação à paralisação do Campeonato Brasileiro por causa das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, mas alertou que a ação pode ser prejudicial para o calendário do futebol nacional.

“Temos um calendário difícil e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil”, disse Ednaldo em entrevista ao site GE. O mandatário ressaltou que a decisão será tomada na reunião extraordinária marcada para o dia 27, que contará com a presença de presidentes dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro.

PUBLICIDADE

Na noite de segunda-feira, clubes que pertencem à Liga Forte União (Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco) anunciaram que defendem a interrupção do campeonato. Além deles, Atlético-MG, Red Bull Bragantino, Grêmio e Corinthians também concordam com a paralisação.

PUBLICIDADE

O presidente da CBF reiterou solidariedade aos cidadãos do Rio Grande do Sul e reforçou que a democracia vai prevalecer. “Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos”, afirmou.

“Depois de colocar todos esses pontos para que eles definam, não tenho como ficar contrário (aos clubes) porque nossa gestão é democrática. Vamos mostrar o contraditório dessa paralisação, mas vamos respeitar a decisão dos clubes”, enfatizou ele.

PUBLICIDADE

Cinco clubes não se posicionaram sobre paralisação

Dos times da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas Bahia, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Vitória ainda não se posicionaram sobre o assunto. O Governo federal, por meio do Ministério do Esporte, também pediu à CBF que o torneio fosse paralisado em meio à tragédia climática gaúcha.

Ednaldo Rodrigues pontuou que outros fatores devem ser levados em consideração para a tomada de decisão. “Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota”, disse ele.

PUBLICIDADE

“Com essa cota dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, afirmou o presidente.

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril deixaram o estado inundado e milhões de cidadãos foram afetados. Segundo a Defesa Civil, o número de mortos passa de 140 e há mais de 120 pessoas desaparecidas. Além disso, mais de 800 estão feridas.

Sair da versão mobile