O Tupynambás foi eliminado na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro após ser goleado por 4 a 0 pela Aparecidense (GO), neste domingo (13), no Estádio Aníbal Toledo. Embora o Baeta tenha chegado à Aparecida de Goiânia com altas expectativas, já que havia sido derrotado como visitante em apenas uma oportunidade em toda a competição, a Aparecidense não enfrentou dificuldades para construir o marcador, sobretudo depois da expulsão do lateral-direito Paulo Vitor aos 16 minutos do segundo tempo. A goleada para a Aparecidense encerra a temporada de 2020 do Tupynambás, cujo início já fora marcado pelo rebaixamento ao Módulo II do Campeonato Mineiro.
A escalação
Ainda que Guiba tenha contado com o retorno de Arthur à equipe titular, o técnico viajou para Aparecida de Goiânia sem o lateral-direito Lucas Santos e o zagueiro Eduardo, suspensos. O Baeta, então, entrou em campo com Arthur; Paulo Vitor; Adriano Lucas, Alemão e Adriano Silva; Guilherme Henrique e Albert Coquinho; Fabinho Alves, Wellington Batista e Marcos Nunes; Ygor Vinícius. Além da inoperância ofensiva, foi justamente a linha defensiva desfalcada o maior problema de Guiba no confronto de volta diante do Aparecidense.
O jogo
O placar foi construído pelo mandante em apenas 30 minutos de jogo. Aos sete, o centroavante Alex Henrique abriu o placar para a Aparecidense. Apesar de perder o artilheiro aos 23 minutos da primeira etapa, a equipe goiana não demorou a abrir vantagem. Seis minutos depois, o meia Albano marcou o segundo após lambança de Adriano Lucas ao tentar espanar a bola. Já na segunda etapa, a expulsão de Paulo Vitor logo aos 16 minutos após receber o segundo amarelo frustrou os planos de Guiba, que havia lançado a campo Linhares e Reis em busca ao menos do empate.
A vantagem numérica em campo levou Édipo e Cardoso a ampliarem a vantagem da Aparecidense e afundar quaisquer esperanças do Baeta em ainda buscar o empate.
O time de Aparecida de Goiânia agora aguarda o vencedor do confronto entre São Luiz (RS) e Cabofriense para conhecer o adversário nas oitavas de final. No confronto de ida, no Rio, ambos empataram em 1 a 1. O adversário da equipe goiana será conhecido ainda neste domingo, já que São Luiz e Cabofriense entraram em campo às 17h.
Aparecidense sobra no 1º tempo
Como esperado, os mandantes buscaram tomar as rédeas do jogo já nos minutos iniciais no Aníbal Toledo, seja pelas alternativas quando tinha a bola ou pela marcação ajustada quando o Tupynambás ensaiava alguma ofensiva. Logo aos 7 minutos, a Aparecidense deu amostras ao Baeta por onde o jogo fluiria. O Leão do Poço Rico tentava construir uma jogada pela ponta esquerda com Adriano Silva, Wellington Batista e Marcos Nunes, que acabou desarmado por Rodriguinho, um dos meio-campistas adversários.
Na sequência, a bola passou pelo meia Albano, que não titubeou ao buscar o ponta-direita Negueba em profundidade, justamente nas costas de Adriano Silva. O atacante adversário ainda não enfrentou dificuldades para fintar Alemão e virar o jogo para o ponta-esquerda Uederson. Ele, então, ajeitou a bola para o miolo da área, Albano dominou, limpou Adriano Silva e finalizou mascado já quase na pequena área, mas a bola sobrou para Alex Henrique apenas empurrar para a meta de Arthur.
Apesar de ter aberto o placar, a Aparecidense sempre esteve mais próxima do segundo tento do que o Baeta de igualar o marcador. Em apenas dois minutos, Albano e Negueba assustaram Arthur em bons arremates de fora da área. Aos 29, entretanto, a vantagem foi ampliada. A equipe goiana insistia pela ponta esquerda com Negueba, mas Adriano Silva interceptou a jogada. Contudo, a bola espirrou para o lateral-direito adversário, Rafael Cruz, que, sem pretensão alguma, buscava um cruzamento para dentro da área. Ao tentar cortar, o zagueiro Adriano Lucas chutou contra o companheiro Coquinho, a bola voltou para a área e Albano aproveitou a falha para apenas deslocar Arthur e chapar no canto direito do arqueiro rubro.
Diante da desvantagem de dois gols, o Baeta naturalmente passou a tomar a iniciativa do confronto, mas sem incomodar Tonny, o goleiro adversário. Em cobrança de falta aos 32 minutos, o capitão Alemão contou com desvio na barreira para colocar a bola rente à trave direita de Tonny. Aos 34, Paulo Vitor, em finalização frontal, por sua vez, chutou por cima do travessão adversário. Porém, foi o artilheiro Fabinho Alves a desperdiçar a melhor oportunidade do Leão do Poço Rico na partida. Paulo Vitor alçou bola na área, Adriano Silva desviou e a bola sobrou para Fabinho, que, cara a cara com Tonny, chutou mascado. Em seguida, os defensores da Aparecidense clarearam a área.
Paulo Vitor deixa Baeta vendido
Diante das dificuldades hercúleas do Tupynambás para chegar à área adversária, Guiba sacou, no intervalo, Marcos Nunes e Ygor, lançando mão de, respectivamente, Linhares e Reis. Dona da vantagem, a Aparecidense negociou a posse de bola com o Baeta, que pouco com ela fez, a exemplo do primeiro tempo. A primeira finalização saiu apenas com o volante Albert Coquinho, aos 11 minutos, em arremate fraco de fora da área. Antes, os mandantes já haviam assustado o Leão do Poço Rico em contra-ataque puxado por Negueba e finalizado pelo centroavante Édipo.
Contudo, a pá de cal na tarde do Tupynambás aconteceu aos 16 minutos, quando o lateral-direito Paulo Vitor recebeu o segundo cartão amarelo depois de falta sobre Negueba. A expulsão levou Guiba a sacar o zagueiro Adriano Lucas, recuar Guilherme Henrique para a zaga e promover a entrada de França, que, junto a Coquinho, seria o responsável pelo setor direito. Já fragilizado emocionalmente, o Baeta ficou desfigurado em Aparecida de Goiânia apenas à espera de qualquer arroubo de misericórdia dos mandantes.
Aos 31 minutos, a equipe juiz-forana tentava construir algo com Fabinho Alves pelo flanco esquerdo, mas, pressionado, o artilheiro foi desarmado pelo adversário Bruno Henrique, que acionou o centroavante Édipo, bem posicionado entre os zagueiros Alemão e Guilherme Henrique. Contudo, ao pensarem que a posição do adversário era ilegal, os beques pararam à espera do auxiliar assinalar o impedimento. Édipo apenas carregou a bola, limpou Arthur e completou para o gol vazio. E, dois minutos depois, a Aparecidense marcou o quarto sem dificuldade alguma após Cardoso completar, livre, cruzamento de Erik Bessa da ponta esquerda.
Após levar o quarto, Guiba apenas sacou Adriano Silva e Fabinho Alves, que falharam no terceiro e quarto gols da Aparecidense, para colocar Diego e Marcus Vinicius. Se já era incapaz de incomodar a Aparecidense em igualdade numérica e com uma desvantagem reversível, o Baeta, com um a menos e sem o principal jogador, apenas assistiu à equipe de Aparecida de Goiânia girar a bola à espera do término da partida.
Ficha técnica
Aparecidense: Tonny; Rafael Cruz, Icaro ©, Renato e Rayro; Bruno Henrique e Rodriguinho (Washington); Negueba (Cardoso), Albano (Filipe Trindade) e Uederson (Erik Bessa); Alex Henrique (Édipo). Técnico: Thiago Carvalho.
Tupynambás: Arthur; Paulo Vitor, Adriano Lucas (França), Alemão © e Adriano Rafael (Diego); Guilherme Henrique e Albert Coquinho; Fabinho Alves (Marcus Vinícius), Welitinho e Marcos Nunes (Linhares); Ygor (Reis). Técnico: Guiba.
Arbitragem: Mayron Frederico dos Reis Novais, árbitro; Antônio Fernando de Sousa Santos e Elson Araújo da Silva, assistentes; e Jean Carlos da Silva Narciso, quarto árbitro.
Cartões amarelos: Icaro e Erik Bessa, da Aparecidense; Paulo Vitor e Adriano Lucas, do Tupynambás.
Cartão vermelho: Paulo Vitor, do Tupynambás.