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Novo CT do Tupynambás ainda não tem prazo para construção

terreno baeta by barbara bisaggio
Área em Ewbank da Câmara foi comprada para construção do novo CT, após venda da antiga sede (Foto: Bárbara Bisaggio)
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O Tupynambás passou a divulgar nas redes sociais oficiais do clube, nas últimas semanas, imagens do terreno que será utilizado para a construção do novo centro de treinamentos do clube. Apesar do compartilhamento de vídeos do local, o Baeta ainda não possui um prazo estipulado para o início das obras no espaço, localizado no km 765 da BR-040, na altura de Ewbank da Câmara, no sentido RJ/BH. A venda do tradicional CT do Bairro Poço Rico e a construção de um novo equipamento se arrasta pelos últimos dois anos.

O projeto para um novo CT começou no final de 2021, com a aprovação por unanimidade do Conselho Deliberativo do Tupynambás para a venda do espaço de 13.800 metros quadrados — que engloba o parque aquático, o campo do estádio José Paiz Soares, o ginásio poliesportivo e os setores de musculação e fisioterapia – da antiga sede do clube para a rede Assaí Atacadista.

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De acordo com o planejamento do Baeta à época, o dinheiro da transação teria como destino a compra de um novo terreno e a construção da nova estrutura da equipe, com prazo inicial para que as obras estivessem adiantadas na metade de 2022. Porém, o planejamento não pôde ser concretizado, já que a venda da sede foi sacramentada apenas em agosto do ano passado.

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Inicialmente, o Tupynambás recebeu um pouco mais de 30% de entrada do montante da venda, de acordo com o divulgado pelo próprio clube, e utilizou o dinheiro para quitar débitos antigos e pagar 80% do valor da compra do espaço que irá sediar o novo CT, na BR-040. Em outubro de 2022, o Baeta acertou o pagamento total do terreno. Todos os valores seguem em sigilo, graças aos termos de confiabilidade do contrato de venda da antiga sede, que ainda não foi totalmente concluída, de acordo com o presidente do clube, Cláudio Dias, em entrevista à Tribuna.

Burocracia trava construção, afirma Baeta

Com o local sob a posse do Leão do Poço Rico, existia a expectativa de utilizá-lo, no mínimo, para alojamento dos atletas durante a disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro em 2023. A projeção não se concretizou e os jogadores realizaram seus treinamentos nos campos do Bairro Benfica e da Associação de Sargentos do Exército (ASE), no Bairro Barbosa Lage, ambos na região Norte. À reportagem, Dias justifica mais um atraso no planejamento devido aos trâmites burocráticos que envolvem as transações de compra e venda “por uma série de burocracias que envolvem a venda do terreno antigo, a compra do novo, aprovação do projeto”, explica o mandatário.

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Em julho de 2023, o terreno segue sem construções ativas no local, de acordo com as imagens divulgadas pelo Tupynambás. Questionado sobre o novo prazo de conclusão das obras, Cláudio revela que ainda não existe uma data inicial para o começo delas. “O projeto está em fase de escolha da empresa de arquitetura e consequente definição do projeto arquitetônico. Depois a próxima etapa requer aprovação do projeto estrutural e não temos como prever. A meta da diretoria é aprovar o projeto o mais rápido possível, mas também estamos aguardando a finalização do processo de venda do antigo terreno para termos acesso à verba que irá nos garantir a construção”, afirma Dias.

Investimento de R$ 2 milhões

Cláudio também explica que o custo total da construção do CT segue indefinido, já que sua definição depende da aprovação do projeto arquitetônico, mas que o Tupynambás trabalha com uma projeção de valor. “Estimamos um investimento de cerca de R$ 2 milhões em toda a estrutura que comporta dois campos de futebol, hotelaria com alojamentos, restaurante, departamento médico e uma mini arena para jogos menores”, comenta o presidente do Baeta.

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A Tribuna também questionou o dirigente do Leão a respeito da logística de transporte dos atletas em dias de jogos e treinamentos, uma vez que o novo CT será construído em um local distante do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Em resposta, Cláudio Dias lembrou que “o projeto inicial prevê alojamentos para alguns atletas”, o que vai mitigar a necessidade de deslocamento da equipe.

Dentro de campo: crise

Enquanto o projeto de construção do novo CT caminhava a passos lentos, o Tupynambás sofreu durante a temporada de 2023 dentro de campo. A necessidade de encontrar um novo local para treinamentos não foi novidade, uma vez que, já em 2022, o Baeta teve a base de preparação em Lima Duarte. Ainda assim, os resultados no Módulo II do Campeonato Brasileiro não apareceram.

O Tupynambás foi o lanterna da divisão de acesso, com apenas seis pontos conquistados em 11 jogos. O rebaixamento, inclusive, foi confirmado com três rodadas de antecedência e a primeira vitória do time no campeonato aconteceu apenas no penúltimo compromisso – o último nem mesmo foi disputado, uma vez que a partida contra o União Luziense foi cancelada. Como consequência, no ano que vem, o Baeta irá disputar a “Terceirinha”.

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