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Vencer ou vencer: JF Vôlei joga nesta segunda, e revés rebaixa o time à Superliga C

JF Volei foto Daniel Braga XFoto
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No papel, as contas são simples. Uma derrota juiz-forana na noite desta segunda-feira (14) significa o rebaixamento à Superliga C – terceira divisão nacional do voleibol. Até mesmo a vitória por 3 sets a 2 pode não servir, a depender dos outros resultados da rodada, com jogos terminando após a finalização desta matéria. Na cabeça, portanto, somente os 3 pontos interessam (triunfo por 3 parciais a 0 ou 3 a 1) diante do Smel/Araucária/ASPMA/Berneck (PR), às 21h, no ginásio da UniAcademia, sem a presença de público na despedida do time dos jogos em casa na Superliga B, visto que o confronto é válido pela penúltima rodada da competição.

Ocorre que, no esporte, a prática envolve muito mais que apenas os cálculos matemáticos básicos. As emoções falam alto e se unem à preparação técnica, tática e física. E o JF Vôlei tem vivido isto na pele, sobretudo desde o último final de semana, quando seis atletas passaram mal antes do duelo contra o Instituto Cuca, em Fortaleza (CE), foram atendidos por uma equipe médica que orientou repouso aos jovens, e, mesmo com metade do time sem as condições clínicas para o confronto, os cearenses e a CBV rejeitaram o adiamento da partida que terminou com triunfo mandante. Aliás, o duelo desta rodada foi adiado de sábado (12) para a segunda justamente após um pedido paranaense aos juiz-foranos, que prontamente atenderam, diante da dificuldade em conseguir vagas em hoteis por conta de um concurso realizado no fim de semana.

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Soma-se isto à autocobrança diante da pior campanha do campeonato, com apenas 5 pontos em sete jogos, cinco a menos que o primeiro time fora da zona de rebaixamento, o Vôlei Futuro. À Tribuna, o técnico Daniel Schimitz confirmou que deverá ter o grupo completo à disposição para o jogo, com os atletas recuperados da suspeita de infecção alimentar no Nordeste do país. Sobre a situação na tabela, ele buscou passar tranquilidade aos jovens, de time com média de idade pouco superior aos 20 anos. “Acredito que ficar pensando em resultados e na classificação não é o caminho. Temos que fazer esses últimos dias da mesma forma que começamos a temporada. É dar o nosso melhor, aproveitando os treinamentos para buscar essas vitórias. É o que temos feito, mas que infelizmente não deu certo no último jogo pelas condições apresentadas que não esperávamos.”

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Já o diretor técnico da equipe, Maurício Bara, afirmou que “o momento é de ter uma serenidade muito grande. Se tivesse a oportunidade de manter esse time treinando no ano, tenho certeza de que os resultados viriam. Temos muita qualidade individual, mas falta tempo para a maturação do time, que é muito jovem, foi sendo formado. O sintoma disso está no fato de termos batido na trave em vários sets e jogos. Mas o trabalho tem sido feito da melhor forma possível pela comissão técnica, os jogadores têm se empenhado ao máximo, mas sabíamos que estávamos sujeitos a isso. A competição tem essa característica. Só que tenho certeza de que, mesmo sem os resultados vindo, estamos lançando outra geração de bons jogadores”, relata.

Ainda conforme o técnico Daniel, a semana foi novamente de foco nas viradas de bola. “Temos tentado ajustar o nosso side out, assim como viemos trabalhando ao longo da temporada, e também nosso bloqueio”, resume. “Será um adversário duro, não está em terceiro lugar à toa, mas vamos pra cima fazer nosso melhor. Estamos focados nas duas vitórias.”

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Projeto poderá sofrer adequação

Apesar de acreditar na recuperação em quadra, Maurício não descarta a possibilidade de não jogar a Superliga B de 2023 mesmo com a vaga. “Nao é o fim do mundo. Felizmente declarei isso a algumas pessoas antes de começar a competição, que se fôssemos campeoes ou rebaixados, uma das hipóteses muito plausíveis seria não jogar ano que vem, mas disputar Superliga C, porque a cada ano que passa está mais difícil, inviável. E fomos campeões ano passado e nada aconteceu. Mas seguimos pensando que temos que ganhar esses dois jogos de qualquer jeito.”

A ida para a terceira divisão nacional pode significar, de acordo com o diretor, uma adequação do projeto. “Nosso tamanho financeiro é este, principalmente pelo braço principal de salários dos atletas, nosso calcanhar de Aquiles. O resto temos nos virado bem, possuímos patrocinadores pelas leis de incentivo (regras não permitem o pagamento a atletas com estes recursos) e alguns diretos também. Como fomos campeões invictos e nada aconteceu, não vou dar murro em ponta de faca. Nosso foco é na base e pode virar jogar a Superliga C, curta e de baixo custo. Mas falo por mim, graças a Deus o JF Vôlei não é só o Maurício mais, e se quiserem tocar o processo, vou dar andamento.”

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