O Tupi segue sua preparação para a temporada 2018 em ritmo intenso, ao mesmo tempo em que o elenco vai se conhecendo melhor e fortalecendo o sentimento de grupo. Na manhã desta terça-feira (12), os jogadores participaram de treinamento com bola no campo do Colégio Granbery, com o técnico Alexandre Barroso dedicando-se a criar situações de jogo como cruzamentos, contra-ataques, conclusões, dois atacantes contra um defensor, a fim de – nas suas palavras – “automatizar procedimentos”. O resultado foi considerado satisfatório.
“É natural que neste início de preparação eles sintam mais dificuldades, mas gostei do que vi. Houve precisão nas finalizações e passes”, analisa. “O mais importante é automatizar os movimentos, que cada jogador já tenha noção, memória, de onde cada companheiro se posiciona no gramado, entre outras características.”
Ao mesmo tempo, as atividades dos primeiros dias servem não apenas para os atletas recuperarem a parte física e técnica. Num elenco que passou por tantas mudanças desde o fim da disputa da Série C, é importante que os recém-chegados criem um espírito de grupo não apenas entre si, mas também com os remanescentes do elenco anterior.
O zagueiro Arthur Sanches é um deles. Após disputar a temporada pelo Sampaio Corrêa, clube no qual foi campeão estadual, disputou a Copa do Nordeste e ajudou a subir para a Série B, ele agora tem o desafio de ajudar o Carijó a fazer um bom Campeonato Mineiro. No seu caso, a adaptação ainda é facilitada pelo fato de já ter trabalhado com Alexandre Barroso na Cabofriense em 2014, quando o clube chegou às semifinais do Campeonato Carioca. Na época, ele também teve como companheiros dois jogadores que fazem parte do atual elenco do Tupi, o lateral Rodrigo Dias e o volante Pará.
“O Alexandre é um excelente treinador, muito bom de grupo, que sabe conversar com os jogadores. Tudo isso me ajudou na adaptação, junto com os companheiros que encontrei aqui. Com certeza vamos fazer um grande trabalho”, prevê. Sobre a mudança do futebol maranhense para o mineiro, Arthur acredita que a vinda para o Tupi dará uma visibilidade ainda maior à sua carreira, já marcada por participações no Estadual do Rio.
Outro jogador a se sentir à vontade nas Gerais é o volante Léo Costa, que ficou parado por dois meses após ajudar o pequeno Manthiqueira, de Guaratinguetá, a subir para a primeira divisão do Campeonato Paulista – em que foi peça fundamental, marcando três gols nas partidas finais contra o São Bernardo.
“Do elenco eu conhecia apenas o Renato Kayser, que enfrentei em 2015, pelo Carioca, quando jogava pelo Barra Mansa, e pelo Vasco. Mas o clima é muito tranquilo, a galera é acolhedora, e o mineiro é muito gentil e simpático”, elogia, guardando ainda boas palavras a respeito do técnico Alexandre Barroso.
“É a primeira vez que trabalhamos juntos, mas já notei que ele é muito inteligente, intenso, faz você dar o seu máximo e trata o jogador como amigo, companheiro. Para mim, que sou mais jovem, é muito importante.”
Apesar da juventude, Léo Costa já tem a experiência da disputa de estaduais no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, e está animado para o Campeonato Mineiro, em que espera colocar o Tupi, pelo menos, como a quarta força do estado. “Respeitamos muito os três grandes (Cruzeiro, Atlético e América), assim como os outros times, mas queremos fazer um grande campeonato, ir longe. Mas o mais importante é honrar a camisa que representa a cidade”, complementa o volante, que tem contrato com o Carijó até o final da Série C.