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Morre Murilo, um dos maiores ídolos do Tupi, aos 80 anos

Murilo Tupi foto Olavo Prazeres arquivo tm 3
Murilo foi um dos maiores jogadores da história do futebol de Juiz de Fora (Foto: Olavo Prazeres / Arquivo TM)
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O ex-zagueiro Murilo, um dos maiores ídolos da centenária história do Tupi, morreu nesta terça-feira (12), aos 80 anos. A causa da morte não foi divulgada até o momento. O velório ocorre nesta manhã, no Cemitério Municipal, e o sepultamento está marcado para as 16h, no mesmo local.

Jogador da equipe que ficou conhecida como “Fantasma do Mineirão”, por ter vencido Atlético-MG, América-MG e Cruzeiro no estádio de Belo Horizonte em 1966, Murilo chegou ao Tupi de forma inusitada, assim como passou a amar o clube, vindo de uma família torcedora do Baeta. Em entrevista à Tribuna em 2019, ele contou como foi esse processo. O ex-zagueiro jogou no clube nas décadas de 1960 e 70.

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Em 2019, ex-zagueiro recebeu equipe da Tribuna para lembrar os tempos áureos de Tupi e os clássicos com o Baeta (Foto: Olavo Prazeres / Arquivo TM)

“Tinha um senhor que era agente da Estrada de Ferro Leopoldina que me viu batendo pelada no campo de Leopoldina. Aí me deu dinheiro para ir para Santa Terezinha, no Tupi. Mas eu não sabia onde era. Então ele me dava dinheiro e eu gastava! Um dia fui levar almoço pro meu pai e este senhor estava lá. Sabe como são alguns mais antigos, meu pai tinha uma mão grandona. Fui no dia seguinte para Santa Terezinha e em dez minutos de teste já fiquei no clube. E permaneci por uma vida. Saí no fim para o Paraná, interior de São Paulo, mas voltei para Juiz de Fora. Não sei como explicar essa ligação com o Tupi. Isso diante da família que eu tinha… porque até eu era Tupynambás! Morava mais próximo do Baeta, fui ao Tupi sem saber onde era”, relembra.

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Conforme Murilo disse à época, ele guardava muitas amizades dos tempos de Tupi. “Passo na rua e sempre sou reconhecido, muita gente me procura até hoje. As pessoas falam que o manto vermelho voltou… eu fico quieto! Dizem que o Tupi não vai aguentar e eu deixo brincarem, não levo a sério. Até quando jogava tinha muitos amigos lá, brigávamos em campo e saíamos depois, naquela mesma noite, juntos”.

Nas redes sociais, o Tupi lamentou a morte de Murilo. “Com profundo pesar, recebemos a notícia do falecimento de mais um ídolo da geração do Fantasma do Mineirão, nosso eterno zagueiro Murilo, pra muitos o Murilão, fez parte de uma geração histórica do Galo Carijó, que estará pra sempre em nossos corações. Que nosso bom Deus o receba de braços abertos, nossos profundos sentimentos a todos os amigos e familiares e os dê força”.

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‘Murilo era memória viva do clube’

(Foto: Olavo Prazeres / Arquivo TM)

Professor, pesquisador do futebol juiz-forano e sócio do Tupi, Léo Lima lamentou a perda e exaltou a importância de Murilo não apenas para o Alvinegro de Santa Terezinha, como também para o esporte da cidade.

“É mais uma parte da história do clube que a gente se despede. Murilo era uma memória viva do Tupi. Daquelas pessoas que ficam marcadas. A missão dele pelo clube foi cumprida. E brilhantemente. É daquelas figuras inesquecíveis. Em qualquer seleção dos melhores do Tupi, ele vai estar. Tanto dentro quanto fora de campo. Era uma pessoa extraordinária, se dava bem com todo mundo. O legado dele será eterno. Fez parte de um momento histórico do clube (Fantasma do Mineirão), até hoje lembrado, então sua missão foi cumprida. Será eterno na história do esporte, do futebol de Juiz de Fora”, enfatizou Léo.

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A matéria está em atualização.

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