A administração e a ocupação do Complexo Esportivo Moacyr Toledo, formado pelo Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, bem como pelo Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos, serão o principal gargalo de competência esportiva para o sucessor do prefeito Antônio Almas (PSDB). Ao passo que o Estádio Municipal, por exemplo, sedia, anualmente, um calendário de jogos de Tupi e Tupynambás – cada vez menor diante da crise econômico-esportiva de ambos, além de competições amadoras e de base, o Ginásio Municipal, por sua vez, encerrará mais um mandato sem ao menos ser concluído para que acolha modalidades como futsal, vôlei e handebol, nas quais equipes juiz-foranas figuram ou já figuraram entre as principais divisões nacionais.
Embora sejam administrados diretamente pelo Poder Público, estádio e ginásio são frequentemente alvos de discussões, sejam do próprio Executivo ou da comunidade esportiva, para eventual concessão à iniciativa privada. Aliás, na gestão Antônio Almas, o Complexo Esportivo foi objeto de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) conduzido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) entre 2018 e 2019 para estudar a viabilidade de implementar um modelo de concessão dos equipamentos municipais a fim de parceria público-privada (PPP). De acordo com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), o Município não recebeu, ainda, propostas de manifestação de interesse para a concessão. Em razão da pandemia, conforme a pasta, os estudos para a estruturação do modelo estão parados, mas “a comissão formada por profissionais efetivos está à disposição para continuar os trabalhos pós-pandemia, caso seja de interesse da próxima gestão”.
Se o Município enfrenta a concorrência com o poder financeiro para atrair partidas de âmbito nacional para o Estádio – em segundo plano diante de opções como Brasília (DF) e Manaus (AM) – para evitar a ociosidade do palco, a situação do Ginásio é ainda mais crítica, uma vez que, desde que anunciado, em 2005, pelo ex-prefeito Carlos Alberto Bejani, nem integralmente construído o equipamento foi. Ainda que as obras tenham sido retomadas em 2017, o calendário vem sendo constantemente reprogramado pelo Executivo. Inclusive, diante do imbróglio, uma nova licitação pode ser necessária diante do desinteresse da empreiteira responsável pelo término das obras. Conforme a própria Secretaria de Obras, no entanto, ao menos o custeio para concluir a construção não deve ser um problema, já que há um montante de R$ 1,7 milhão à disposição da PJF e outros R$ 8 milhões empenhados pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Diante dos problemas para evitar a ociosidade do Complexo Esportivo Moacyr Toledo, a Tribuna entrou em contato com os 11 candidatos à PJF para escutar quais as propostas para a gestão dos equipamentos, bem como para a ocupação.