Ícone do site Tribuna de Minas

Na Seleção, Wesley Moraes brinca sobre ter pernas de tamanhos distintos e cita Garrincha

PUBLICIDADE

 

Wesley Moraes mostrou bom humor durante sua primeira entrevista como atleta da Seleção (Foto: Bruno Cassucci)

Convocado no último sábado por Tite como solução de emergência para o lugar do lesionado David Neres, do Ajax, o atacante juiz-forano Wesley Moraes, do Aston Villa, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira após o treino realizado pela Seleção Brasileira em Abu Dabi, onde o time nacional trabalhou visando o amistoso contra a Argentina de Lionel Messi, na sexta, às 14h (de Brasília), em Riad, na Arábia Saudita. E o jogador do clube inglês, de apenas 22 anos, exibiu bom humor ao comentar o fato de que conseguiu superar um pequeno problema físico para seguir em frente com a sua carreira profissional.

PUBLICIDADE

O jovem tem pernas de tamanhos diferentes e revelou que chegou a tentar usar uma palmilha em uma das chuteiras, com o objetivo de compensar essa disparidade entre estes dois membros fundamentais para a prática do futebol. Porém, a iniciativa não teve o sucesso desejado e ele precisou se acostumar mesmo ao esporte sem a utilização deste calço em um dos seus pés.

PUBLICIDADE

“Minha perna esquerda é maior que a direita três centímetros. Já tentei botar palmilha, mas meu corpo não adaptou. Mas creio que isso não muda em nada, se mudasse eu não estava aqui. É como o Garrincha. O Garrincha deu certo, né?”, brincou Wesley, rindo, ao se referir ao lendário jogador de pernas tortas que fez história com as camisas da seleção brasileira e do Botafogo, se tornando símbolo maior de habilidade por causa dos seus humilhantes e desconcertantes dribles nos seus marcadores.

A carreira

Ex-Sport Club Juiz de Fora e Uberabinha, Wesley defendeu o Itabuna (BA) no Brasil, tem 1,92m de estatura e saiu do país para jogar na Europa com apenas 16 anos, passando pela base do Atlético de Madrid. Ele iniciou a sua carreira profissional no desconhecido Trencin, da Eslováquia, em 2015, e no ano seguinte passou a defender o Brugge, da Bélgica, pelo qual marcou 38 gols em 130 jogos disputados, além de ter dado 14 assistências. O seu desempenho despertou o interesse do Aston Villa, que o contratou em julho deste ano. E ele ganhou esta chance de Tite após marcar quatro gols em 11 partidas disputadas pela sua equipe nesta edição do Campeonato Inglês.

PUBLICIDADE

Ao descrever as suas características como jogador nesta terça-feira, Wesley disse que o seu físico avantajado é uma herança familiar. “Meu pai, que perdi aos nove anos, também era grande e forte. Meus irmãos também são altos, fortes. É de família mesmo”, disse o atacante, que também fez questão de exaltar o papel fundamental da sua mãe para que pudesse trilhar a sua carreira nos gramados.

“Quando recebi a notícia da convocação (para a Seleção Brasileira), a primeira pessoa que liguei foi para minha mãe. Depois que meu pai morreu, ela que me levava para jogar futebol”, lembrou o jovem, que revelou que não conseguiu engrenar nos gramados do seu país antes de seguir para a Europa. “No Brasil eu cheguei a fazer muitos testes, mas nunca tive oportunidade. Meu empresário optou de eu vir para a Europa. Graças a Deus as coisas aconteceram e estou muito feliz de ter me tornado o jogador que sou hoje”, comemorou.

PUBLICIDADE
Wesley afia as finalizações em seu primeiro treino pelo escrete canário (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Drogba, Diego Costa e Ronaldo Fenômeno

Wesley também comentou o fato de que na Europa ouviu comparações do seu futebol com os do astro marfinense Didier Drogba, ex-Chelsea, e do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, do Atlético de Madrid, ambos altos e com bom porte físico. Mas ele revelou que tem como referência maior um atacante muito mais importante na história do futebol mundial.

“Me espelho muito no Ronaldo Fenômeno. Antes dos jogos sempre vejo no Youtube os vídeos de jogadas dele, para tentar assimilar e fazer o que ele fazia antes”, contou o atleta do Aston Villa, que também possui a ambição de poder brilhar com a camisa da Seleção em um Mundial, o que Ronaldo conseguiu fazer em três edições, em 1998, 2002 e 2006, se tornando um dos maiores artilheiros da história da competição.

“Tenho sonhos, um é jogar a Copa do Mundo. Tive a chance de ser convocado, espero mostrar o meu trabalho para poder ter mais oportunidades”, projetou o atleta, que também enfatizou: “Desde criança sonhei em jogar na seleção”.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile