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Reunião por mudanças e ‘alto tom’

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A equipe do Tupi, 18ª colocada na Série B e que foi goleada para o Bahia por 4 a 0 na última rodada da Série B, domingo, se reapresentou na tarde de ontem para treinamento em Santa Terezinha. Antes da atividade, contudo, o elenco e parte da comissão técnica se reuniram com a presidente carijó, Myriam Fortuna, ao lado do vice-presidente de Finanças, Jarbas Raphael, do diretor de marketing, Bernardo Fortuna, e do diretor executivo de futebol, Gustavo Mendes, no vestiário principal do centro de treinamento.

Em certo momento da conversa, que durou quase uma hora, o preparador de goleiros do time, Walker Campos, há dez anos entre os profissionais do Alvinegro e que estava próximo à entrada do vestiário, se incomodou com o tom da fala do capitão e volante da equipe, Renan, ao se dirigir à presidente, realçando, ainda, que “ninguém é maior que o Tupi.”
Após a atividade, o atleta concedeu entrevista e preferiu não polemizar, mas criticou a atitude de Campos e reiterou a importância da cobrança da diretoria. “Não tenho o que comentar, até porque ele não estava no vestiário na hora da conversa. Então, se ele estava atrás da porta ouvindo, ou algo assim, fica chato fazer um comentário. Tivemos uma conversa em que eu falei, o Gabriel e outros, a presidente, o diretor, comandante técnico, o que é completamente normal, assim como os jogadores mais experientes, que já passaram por essa situação, se expressarem. O que o Walker está querendo falar, vocês têm que perguntar pra ele. Se ouviu algo de fora, tem que saber o quê”, contou Renan.

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O preparador de goleiros, por sua vez, se emocionou em meio a um desabafo. “Ele é um cara que eu respeito e que me respeita também. Todos estavam de cabeça quente, a situação não é boa e sou um cara que tenho que me controlar mais. A verdade é que estou sofrendo como todos e tenho que me conter porque acabo misturando a paixão com meu trabalho. A gente veste essa camisa, que significa muito pra gente. Então foi uma coisa ali dentro, acabou e ele me respeita porque somos homens e eu, da comissão técnica, tenho que dar exemplo. Mas ninguém é maior que o Tupi aqui. Eu não, o Renan não, a presidente não. O Tupi tem 104 anos e, às vezes, está ferido, parece que está morto, e ressurge. Posso não ter muita coisa, mas não gosto do clube. Me perdoem”, encerrou em meio às lágrimas.

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