O JF Vôlei versão 2017/2018, novamente sob comando do treinador Henrique Furtado, está revigorado com a base juvenil do Sada Cruzeiro para a segunda temporada consecutiva de parceria, e promete ainda mais “fome de bola” nos treinamentos, um dos segredos para o sucesso na última Superliga Masculina. É neste ponto, somado à assimilação facilitada de aplicações táticas, que os atletas buscam amenizar as ausências de destaques da competição nacional, caso do oposto Renan Buiatti.
Em Raio-x do plantel, um dado impressiona: o atleta mais velho – e único contratado até o momento -, o levantador Felipe Hernandez, possui apenas 23 anos (ver quadro). O caçula é o líbero Athos, 19, novidade na lista em relação aos jogadores que estiveram em Juiz de Fora na temporada anterior, assim como o ponteiro Leozinho, 22, único que ainda não integra a equipe, mas que deve desembarcar na cidade ainda este mês.
O diretor técnico do time juiz-forano, Maurício Bara, reiterou justamente a rodagem dos atletas. “É um elenco muito jovem, não teremos os atletas que foram o suporte da última temporada, ao menos por enquanto, mas dos dez que chegaram, nove já possuem experiência significativa na Superliga. Não é algo novo mais. E alguns que tiveram papel um pouco mais de coadjuvantes no processo têm a chance de mostrar o trabalho agora. É nisso que confiamos.”
Comissão técnica
O staff da equipe também tem na juventude uma das marcas. Henrique Furtado, 33, será auxiliado por Marcos Henrique, 28, contratado para esta temporada assim como o preparador físico Vinicius Figueroa, 28, que realiza mestrado na UFJF e já acompanhava o projeto. De remanescentes, além do treinador, há o fisioterapeuta Lucas Mostaro, 26, e o mais experiente do grupo, o médico Oséas Joaquim, 59. “É uma mescla boa. O caso do Marcos é muito semelhante ao dos jogadores. Jovem, mas de experiência de duas Superligas. É um profissional gabaritado que já estava conversando com a gente e chega para somar”, avalia Maurício.
Treinos
O Sesi Juiz de Fora já cede oficialmente o ginásio do Clube do Trabalhador para a maioria dos treinamentos do plantel nesta temporada. A mudança foi acarretada por questões financeiras e de logística. Para Henrique Furtado, a recepção e estrutura são dois pontos fortes. “Fico muito feliz pela forma como fomos recebidos pelo Sesi. Na temporada passada treinávamos aqui pelas manhãs. É um ginásio com boa estrutura, ótimo piso e uma academia que nos atende muito bem. É de grande importância ter esse ambiente integrado. Estamos à vontade”.
Entrosamento entre a equipe é um diferencial
Apesar das saídas do oposto Renan, hoje destaque na Seleção Brasileira, do meio de rede Rômulo, promovido ao time principal do Sada, e de outros nomes mais experientes, a base do time 2016/2017 foi mantida, com nomes como o central Bruno e o ponta Felipi Rammé, titulares na última Superliga, e com atletas em ascensão técnica e que conhecem profundamente a filosofia de trabalho do técnico Henrique.
O comandante, aliás, é contundente ao abordar as mudanças no elenco. “Os jogadores que estão aqui têm grande potencial. Não lamento por nenhum jogador que não esteja, que não foi contratado, mas fico feliz por quem está aqui e tenho certeza que eles irão dar a vida para fazer um grande trabalho. E dificilmente um time com apenas boas peças ganha. Precisa ter força coletiva, organização, e a gente acredita que vai trabalhar bem esse ponto para jogar de igual e buscar a vitória contra qualquer adversário”, analisa Henrique.
Dentro do trabalho, o menor período necessário para entendimento completo do trabalho realizado nos treinos, é diferencial. A sequência vira arma juiz-forana. “A continuidade é muito importante. É fundamental para que os padrões sejam bem estabelecidos. Os jogadores se conhecem muito e a filosofia de trabalho, a organização dos sistemas de jogo. Muitos trabalham juntos desde a categoria infantil e isso facilita muito o caminho e a tomada de decisões importantes. Fico feliz de contar com muitos dos jogadores que estavam aqui no ano passado”, destaca o treinador.
O elenco ainda não está fechado. A diretoria busca recursos para viabilizar, ainda, a contratação de um oposto, prioridade no mercado e avaliado como principal posição de carência da equipe.