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Palmeiras vai à Justiça contra John Textor após ser mencionado em denúncias contra arbitragem

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John Textor em treino do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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O Palmeiras informou nesta segunda-feira que irá tomar medidas legais cabíveis contra John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo, após o clube ser mencionado pelo americano nas denúncias contra a arbitragem brasileira. O time alviverde aproveitou para cutucar o empresário, afirmando que ele se comporta como um típico dirigente do futebol nacional, e relembrou a conquista do Brasileirão do ano passado após virada histórica na competição sobre o alvinegro carioca.

“Se Textor tem informações sobre a prática de atos ilícitos no futebol brasileiro, que as apresente imediatamente aos órgãos competentes, incluindo os públicos (…) Em vez de administrar um momento de instabilidade com a frieza que se espera de um empresário, porém, Textor prefere se portar como um caricato cartola à moda antiga”, disse o clube, em nota oficial.

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Em entrevista recente ao jornal O Globo, John Textor afirmou ter gravações de árbitros reclamando do não recebimento de propina e garantiu que apresentaria provas em 30 dias. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) abriu inquérito e solicitou a apresentação das provas até esta quarta-feira (13). A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) e a Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut) manifestaram repúdio contra o americano.

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Em vídeo divulgado no sábado, Textor afirmou que a gravação à qual se refere é de um árbitro com sotaque carioca e apitava um jogo em uma “divisão menor”, sem envolver o Botafogo. Ele ainda contou que a gravação foi cedida a ele por um funcionário ligado à CBF. O material foi autenticado e entregue a autoridades. A ideia de Textor é recorrer ao Ministério Público Federal. O americano defende que o assunto seja tratado para “melhorar o futebol brasileiro”.

O primeiro ataque de Textor contra a arbitragem brasileira ocorreu após derrota do Botafogo para o Palmeiras, por 4 a 3, de virada. À época, ele afirmou que tinha evidências de manipulação em jogos a partir de um relatório de 74 páginas sobre uma partida específica. No sábado (9), Textor revelou que a investigação era sobre um jogo de 2022 entre Palmeiras e Fortaleza.

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Ele afirmou que não houve envolvimento da equipe paulista na manipulação. O material, segundo ele, foi enviado ao STJD, na época, mas o inquérito foi arquivado em menos de 24 horas. O americano ressaltou que não há envolvimento do Palmeiras na suposta fraude e afirma também que foram avaliados outras partidas nos últimos três anos. A investigação independente foi contratada por casas de apostas para analisar possíveis manipulações e precede a chegada dele ao Botafogo.

O Palmeiras repudiou as declarações em nota. “A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que tomará todas as medidas legais cabíveis – nas esferas civil, criminal e esportiva – contra o dono da SAF do Botafogo, John Textor, para que ele responda pelas declarações irresponsáveis e levianas que, recorrentemente, têm envolvido o nome do atual bicampeão brasileiro”, informou o clube paulista.

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