A ex-jogadora de vôlei Helenize de Freitas, natural de São João Nepomuceno, será homenageada com a publicação da biografia “O Estranho Toque – Helenize de Freitas”, escrita por Nei Medina, que relata os acontecimentos de uma das pioneiras da modalidade no Brasil. Serão realizadas duas cerimônias de lançamento. A primeira acontece no dia 15 de setembro, às 19h, no Mackenzie Esporte Clube, clube que a ex-atleta defendeu de 1967 a 1969, em Belo Horizonte, e, no dia 3 de novembro, às 20h, no Museu Municipal de São João Nepomuceno.
A ideia de escrever a obra partiu do autor, que se especializou em produzir biografias de ex-atletas. “Em 2006, depois de ler a biografia do Heleno de Freitas, despertou em mim o interesse pelo resgate da memória esportiva, em especial dos ex-atletas de São João Nepomuceno. A partir de 2010, dei início a várias entrevistas com desportistas que atuaram, principalmente, no futebol amador de São João Nepomuceno, mas também entrevistei outros que se destacaram profissionalmente, além de pesquisas sobre os que já não estão mais entre nós”, explica Nei.
Para conseguir material para escrever a biografia, Nei utilizou matérias produzidas pelos jornais da época, além de conversas com a própria Helenize. “Ao comunicar à Helenize do meu interesse em escrever o livro, de imediato ela concordou mas colocou uma condição: que além de sua vitoriosa trajetória esportiva, ela não abriria mão de relatos de diversos momentos engraçados vividos nas viagens, nos alojamentos e nos jogos. Portanto, foram aproximadamente quatro encontros de duas horas cada, quando a biografada nos contou fatos desde a sua infância, passando pela piscina e a quadra de vôlei do Mangueira Futebol Clube de São João Nepomuceno e sua projeção meteórica no cenário nacional e internacional”, relata o autor.
Sentimento de gratidão
Helenize de Freitas, atualmente com 78 anos, conquistou a medalha de prata, em 1967, e a de ouro, em 1969, do Campeonato Sul-Americano com a seleção brasileira de vôlei. Para a ex-atleta, sua biografia é muito importante para relembrar os feitos que acabam não recebendo a devida importância. “Eu nunca imaginei que isso poderia acontecer. Eu fiquei muito emocionada com a atitude do Nei de me procurar e eu estou sem palavras pra descrever o que estou sentindo. Para mim, está sendo muito gratificante, porque as pessoas não sabem o que aconteceu antes dos anos 80. O que nós passamos pra poder lutar pelo Brasil, conseguir as medalhas e treinar”, conta.