Um dos destaques da seleção brasileira de fut-7 na Kings League World Cup, Jeffinho já foi jogador do Tupi. Em 2022, o então volante no futebol de campo atuou no Módulo II do Campeonato Mineiro pelo Galo Carijó, que então era comandado pelo técnico Ademir Fonseca. Titular e dono da camisa 8, ele disputou 11 partidas pelo clube. Naquela temporada, o Alvinegro de Santa Terezinha acabou eliminado na primeira fase da competição.
Desde então, Jeffinho buscou oportunidades no fut-7. Hoje, ele é considerado um dos melhores jogadores do mundo na modalidade – foi campeão e eleito o craque do Mundial neste ano, pela equipe Jardim. Além disso, venceu a Copa Intercontinental pela seleção brasileira. Neste mês, tem sido um dos destaques na Copa do Mundo da Kings League – competição criada pelo ex-zagueiro do Barcelona Gerard Piqué e que conta com 16 seleções, sendo cada uma liderada por uma personalidade do futebol ou influenciador digital. O torneio acontece em Turim, na Itália, com prêmio de R$ 5 milhões para o campeão.
Kings League
Nesta quarta-feira (9), o Brasil avançou às semifinais da competição após vencer a Turquia por 12 a 4. No dia anterior, a Tribuna entrevistou Jeffinho, que comemorou a oportunidade de defender seu país na competição. “Toda vez que vejo meu nome nas listas de convocados, fico muito feliz. É uma certeza de reconhecimento do meu trabalho. Vejo nossa seleção como uma das favoritas, mas temos que mostrar isso dentro de campo. Acredito que, se mantivermos o nosso empenho, dedicação e companheirismo, podemos ser campeões”, acredita.
Com regras diferentes, cada partida é disputada com sete jogadores por equipe e dois tempos de 20 minutos. O jogo começa com apenas um jogador de linha e o goleiro em campo, e a cada minuto um novo jogador entra, até atingir o formato 7 contra 7. Aos 18 minutos, a partida é pausada e um dado define quantos jogadores permanecerão em campo até o final do primeiro tempo. O segundo tempo segue normalmente até os 38 minutos. Após esse momento, cada gol marcado valerá o dobro. Persistindo o empate, o vencedor será definido em uma disputa de “shootouts”.
Transmitida por Gaules, um dos maiores streamers do Brasil, e pela Cazé TV, a World Cup da Kings League tem atraído milhares de jovens. “É uma forma muito legal de entretenimento para o público, tem uma visibilidade ótima. O jogo é dinâmico e a mídia é muito boa, pois temos reconhecimento mundial. Está sendo uma experiência incrível competir fora do país. É um sonho realizado”, define o camisa 12.
Tupi e inspiração
Sobre a oportunidade de jogar no Tupi, seu último clube de futebol de campo, Jeffinho guarda com carinho. “Minha experiência foi muito boa, fiz grandes amizades, aprendi muita coisa e com certeza me ajudou chegar onde estou”. Antes do Galo Carijó, o carioca passou por Olaria, Uberlândia, URT e Villa Nova.
Com todo sucesso que faz no fut-7, o jogador é referência para jovens juiz-foranos, como Gabriel Alexsander Rocha, de 19 anos, atleta de destaque da modalidade no município. “Ele é inspiração porque veio do futebol, como eu, e a adaptação é difícil. Tem um passe muito bom, excelente visão de jogo. Também tenho muita vontade de jogar uma Kings League, por ser uma das únicas competições que investem no society. Gosto muito porque o jogo é mais dinâmico, sempre coloca os times para frente, ao contrário do futebol de campo, que, às vezes, fica parado”, diz o atleta do time amador Inter de Vilão.
*Sob supervisão do editor Gabriel Silva