A participação do Tupynambás na elite do futebol de Minas Gerais, com início programado para o próximo dia 20, em duelo fora de casa contra o Villa Nova, não é a única novidade do clube nesta temporada. Em busca de otimizar os trabalhos do elenco e melhorar as experiências dos associados, além de obter o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e novos sócios, a cúpula do Baeta realiza trabalho de revitalização em grande parte da estrutura.
Na última quarta-feira (9), a Tribuna foi até as dependências do clube juiz-forano para conhecer as mudanças realizadas sob o comando do presidente do Leão, Jorge Dias, e do vice de Futebol, Cláudio Dias. Focados também na obtenção de recursos, a cúpula do clube finaliza ampla reforma no campo, pintura nas instalações, troca de pisos de alguns espaços e, para a parte estrutural, o clube ainda aguarda a liberação de verba para a conclusão do projeto de revitalização, que envolve a demolição do bar, por exemplo, além do licenciamento da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
“Pensamos em fazer reformas que atendam o departamento de futebol e o associado. Pegamos o clube com várias pendências estruturais, caixa d’água comprometida, de 20 mil litros, podia ocorrer um desastre se ela caísse sobre o bar. Demolimos tudo e iremos fazer um outro bar. Também temos a intenção de reformar a sauna e fazer uma sala de imprensa”, projeta Cláudio.
A ideia é que ainda em 2019 o processo de revitalização seja concluído. Para isso, o clube também busca as duas parcelas restantes da venda do lateral-direito Danilo ao Manchester City, da Inglaterra, no valor de € 93.750 cada (aproximadamente R$ 700 mil no total) . O jogador passou pelas categorias de base do clube e o recebimento dos valores é buscado na Justiça. “Estamos tentando junto com a Fifa e com a CBF. Já deveríamos ter recebido, mas como houve processo judicial, não tínhamos documentos, estamos acertando para poder receber. O clube estava com as contas bloqueadas quando chegamos. Entraram R$ 722 mil do Danilo. Se esse dinheiro tivesse sido empregado no clube nós veríamos as mudanças. Mas 48,5% desse valor foi para um advogado, 20% para o técnico formador e o restante para o clube”, disse Cláudio.
Gestão do futebol
Cláudio lembra, ainda, que houve mudanças também no departamento de futebol para esta temporada. “O futebol era terceirizado. A ADJF era a gestora, e o Alberto (Simão) era o empresário que fazia a parte financeira e tudo. Agora não. Será tudo com o clube. Teremos uma gestora vinculada ao clube, e o Alberto é o gerente de futebol. Ele não é responsável pela gestão do futebol. Ele participou da montagem do elenco, a maioria dos jogadores ele que trouxe”, explica.
Além do campo, nivelado, e que irá ganhar mais espaço com a retirada de uma cerca atrás de um dos gols e inserção de gramado, os vestiários também, estão sendo revitalizados. O objetivo do clube, com as melhorias, segundo Cláudio, é “ficar na primeira divisão, se possível buscar uma classificação para a Série D, Copa do Brasil, e ter calendário cheio em 2020. Nossa estrutura é pensando, hoje, principalmente no futebol e nos associados, que neste momento são poucos. Vamos lançar, inclusive, uma campanha para atrair novos sócios. Temos uma grande torcida, mas ela estava adormecida”, relata. Ainda de acordo com o diretor, o Tupynambás possui, atualmente, cerca de 140 sócios adimplentes.