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Campeão da Série D pelo Tupi anuncia aposentadoria aos 39 anos

Campeão da Série D pelo Tupi anuncia aposentadoria aos 39 anos
Wesley Matos assumiu a titularidade no Tupi no decorrer da campanha que culminou no título da Série D (Foto: Leonardo Costa/Arquivo TM)
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O zagueiro Wesley Matos, campeão da Série D pelo Tupi em 2011, anunciou a aposentadoria como atleta profissional aos 39 anos, após conquistar, novamente, o título da Quarta Divisão nacional pelo Barra-SC sobre o Santa Cruz, no domingo (5). O agora ex-jogador, natural de Itamarati de Minas, cidade a 126 quilômetros de Juiz de Fora, vai decidir se seguirá trabalhando no meio do futebol.

A decisão de encerrar a carreira como jogador profissional se deu pela questão física, já que, nos últimos três anos, ele foi submetido a três cirurgias. Uma delas, aos 38 anos, foi para correção de uma lesão de ligamento cruzado do joelho. “Estava fazendo muita força para treinar. Mas, graças a Deus, consegui ainda retornar, ficar apto para a reta final da Série D. (…) Conversei com a minha família e entendemos que esse era o momento (de parar)”, explica o ex-zagueiro.

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A carreira de Wesley foi encerrada com chave de ouro. Seu último jogo como profissional foi o empate sem gols contra o Santa Cruz, na segunda e decisiva partida da final da Série D. O resultado foi suficiente para garantir o título inédito ao Barra e o tricampeonato para o ex-zagueiro — ele já havia levantado a taça em 2011, pelo Tupi, e em 2021, pela Aparecidense. Além disso, foi a segunda conquista do ex-Carijó sobre o Tricolor do Arruda.

”Para mim, foi a confirmação de tudo, desde o início da carreira. Os meus três títulos foram também os primeiros nacionais dos clubes por onde eu passei. E isso ainda ficou mais marcado para mim. Acho que sou o único tricampeão brasileiro da Série D como jogador. Esse título confirma os planos de Deus na minha vida e da minha família”, afirma.

Em 14 anos de carreira, Wesley defendeu as cores do Tupi, Esportivo-RS, Mogi Mirim-SP, América-MG, Goiás, Vila Nova, Ponte Preta, Paysandu, Aparecidense-GO e Barra. Ao olhar para trás, o ex-zagueiro faz uma análise positiva da carreira. “Tive um início difícil no Tupi, mas, quando consegui meu espaço, fomos campeões brasileiros. Logo em seguida pude fazer o gol do acesso para a Série A com o América, em 2015. Ter jogado em vários lugares, praticamente o Brasil todo, contra grandes clubes, grandes jogadores, isso marcou muito”, relata.

Wesley superou graves lesões para jogar a reta final da Série D deste ano (Foto: Arquivo pessoal)

Próximos passos

Wesley revela que, inicialmente, o seu desejo e de sua família, após a decisão de pendurar as chuteiras, era de retornar para Minas Gerais, onde os seus pais trabalham. Porém, o ex-zagueiro já recebeu convites para ser auxiliar técnico. “Trabalhei praticamente a vida toda com futebol, por isso que não descartei. Tenho interesse, mas ainda vou pensar, porque não é uma coisa certa. No Brasil não há estabilidade no emprego de treinador. Qualquer oscilação que você tenha na competição, você pode ser mandado embora. Tem que colocar tudo isso na ponta do lápis para ver se realmente compensa ou não”, revela.

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