O juiz-forano Felipe Silva (CM System/Pro Fight) encorpou seu histórico de finalizar lutas de MMA (artes marciais mistas) nos primeiros períodos. Na madrugada de domingo (8), o juiz-forano estreou no Brave Combat Federation, uma das principais organizações do esporte no mundo, com vitória sobre o colombiano Dumar Roa no main event (luta principal), na casa do adversário, em Bogotá.
O especialista em muay thai calou o público presente logo no primeiro round, com nocaute técnico sobre o oponente em sequência de joelhadas no octógono.
“Primeiro gostaria de agradecer a Deus. Depois de um ano e quatro meses parado até achei que sentiria um pouco o ritmo, nem tanto a pressão, porque sou um cara que nunca foi de sentir muito ela. Só que ocorreu tudo bem. Meu adversário foi trocado apenas dez dias antes da luta, já tinha toda uma estratégia que trabalhava muito o ataque, golpes de encontro, e quando trocou eu nem quis estudar muito, mesmo porque eu tinha feito um treino bastante completo. Tentei impor o meu estilo ao invés de esperar qualquer ação dele e acho que isso foi crucial. Uma coisa que sempre confio é no meu poder de nocaute e havia falado isso antes. Desferi bastante joelhadas, essa estratégia de trabalhar um pouco no clinch foi até por conta de não conhecer o jogo do meu adversário. Tentei travar a luta e consegui minar o gás dele, terminando com meu cartão de visitas, que é o golpe na linha de cintura, que gosto muito de aplicar”, analisou Felipe Silva à Tribuna.
Não suficiente, o estreante da noite, após agradecer equipe e familiares, desafiou Cleiton ‘Predador’ Silva, que conquistou, na última semana de agosto, o cinturão dos pesos leves, curiosamente em triunfo sobre um parceiro de equipe do juiz-forano, Luan Miau.
“Eu sei que tem um cara aí, um recém-coroado campeão, que tem falado muito de mim. Não vou nem falar o nome dele. Mas você sabe quem você é. O cinturão é seu, mas ele vai ser colocado para jogo aqui dentro e a sua cabeça vai rolar”, ameaçou Felipe, projetando, ainda, o caminho que deverá seguir até a disputa.
“Talvez eu faça uma luta a mais e já busque o cinturão. É algo que partiu do campeão, na verdade, pois ele disse que gostaria de lutar comigo porque tirou o cinturão de um aluno meu, um atleta meu. Falou que teria batido no irmão mais novo e que depois bateria no mais velho. Nada mais justo do que eu corresponder ao desafio, que é uma coisa muito boa pra mim. Meus planos envolvem estar no topo da categoria pra justamente pegar esse cinturão, estar entre os melhores do Brave”, relata o juiz-forano.