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#OEsporteTemPressa

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Se você segue algum esportista e deslizou o feed do Instagram na segunda à noite, certamente se deparou com alguma foto do “medalhaço”, iniciativa promovida por milhares de atletas nacionais, dentre eles Ana Moser, Hortência, Vanderlei Cordeiro de Lima e Maurren Maggi, chamando a atenção dos políticos para a aprovação do Projeto de Lei 2824/2020.

De autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), a proposta, adormecida na Câmara dos Deputados, visa a garantir socorro financeiro ao esporte, também muito afetado pela pandemia da Covid-19. Dentre as medidas, o projeto prevê de um a dois salários para os profissionais do setor – não incluídos no programa de auxílio emergencial que oferece R$ 600 à população em geral. A iniciativa também propõe proibição de corte de água, energia e serviços de telecomunicações das empresas que atuam no setor esportivo, busca ampliar o prazo de pagamento de impostos e também defende a prorrogação de prestação de contas de projetos dos recursos oriundos da lei de incentivo ao esporte. Alexandre Frota (PSDB/SP) foi escolhido como relator do texto, que estava em discussão na Câmara ontem à noite, quase quatro meses após o início da quarentena.

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Em tempos de pandemia e de muitas manifestações chamando a atenção para os olhares dos parlamentares às suas classes – protestos, em sua maioria, legítimos -, os desportistas tentam, a seu modo, fazer com que o universo do esporte também seja visto – o que também é muito legítimo.

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Muitos, talvez, podem, em um primeiro momento, achar que não, mas os eventos desta categoria, tal como a também esquecida cultura, por exemplo, também ofertam uma riquíssima contribuição econômica ao país. E, neste período em que muito se fala em atividades e profissões essenciais, talvez atletas, técnicos, árbitros, preparadores físicos, fisioterapeutas etc sejam vistos como menos importantes na hora de subsidiar para si um auxílio. Para uma cultura esportiva atrasada como a nossa, sempre há, inclusive na classe política, aqueles que pensam em competições somente em tempos de grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, esquecendo que todo grande atleta tem um longo caminho até chegar ao status de representante nacional. Somos o país do futebol, mas não só em protocolos de futebol podemos pensar nessa pandemia.

Como a hashtag sugere, o esporte tem pressa. É preciso que, de secretários – muitos esquecidos, atribuindo decisões de momento a órgãos de saúde – a deputados, chegando até a presidência, façam valer sua posição de representantes da sociedade. E também enxerguem atletas como cidadãos que estão parados em casa, afetados pela pandemia. Se não for assim, o esporte brasileiro, ainda tão exíguo, tende a ver sua situação ainda mais dificultada.

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