O jornal alemão Suddeutsche Zeitung foi um dos primeiros a apontar o uso da amônia pelos atletas da equipe anfitriã do Mundial, que alcançou a sua melhor colocação na história da competição ao disputar as quartas de final e terminar na oitava posição, à frente de gigantes como Espanha (10ª), Portugal (13ª), Argentina (16ª) e Alemanha (22ª).
Segundo a publicação, a Federação Russa de Futebol admitiu o uso do produto pelos jogadores na partida diante dos espanhóis, mas “agiu como se isso fosse tão normal quanto usar xampu durante o banho”. Já o Bild, outro jornal alemão, flagrou alguns russos esfregando o nariz durante o jogo contra a Croácia, o que indicaria o uso habitual da substância pelos atletas.
#Rusia2018 ¿Legítimo? Rusia recurrió al amoníaco para estimular a sus jugadores en el Mundial https://t.co/wEcCnyNlwd pic.twitter.com/wzFWNOrs0L
— El Gráfico Chile (@ElGraficoChile) 9 de julho de 2018
A situação é mais uma polêmica que envolve a Rússia no quesito doping. Em outros esportes, como a natação e o atletismo, já foi comprovada a utilização sistêmica de substâncias proibidas para aumentar o rendimento dos competidores, inclusive com anuência do governo russo. Recentemente, Richard Pound, ex-presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) e decano do movimento olímpico, afirmou que não havia garantias de que a seleção da Rússia que disputou a Copa do Mundo estivesse “limpo”, principalmente pelo comportamento das autoridades do país diante dos escândalos de doping.