Não só Marina Loures, atleta da seleção brasileira, é orgulho para Juiz de Fora no futsal feminino. A fixa e pivô Gabriela Nascimento, moradora do Bairro Bairu, na Zona Leste, também está se tornando uma referência da cidade na modalidade. Com apenas 15 anos, a ex-jogadora do Clube Bom Pastor foi aprovada em uma peneira do Tiger/Corinthians no ano passado e, desde o último dia 1°, está na capital paulista junto ao novo time, com o seu “sonho realizado”.
“É um sentimento maravilhoso, saber que você vai jogar em um clube com oportunidades imensas. Espero muita coisa aqui, quero conquistar tudo o que for possível. Tem muita gente ainda falando que futsal não é para mulher, mas digo para as meninas não se importarem com isso, mesmo que doa muito e magoe, façam seu melhor todos os dias. Se é isso que vocês querem, jogar em times grandes e conquistar algum campeonato, vão atrás, sem medo de serem julgadas”, declara Gabriela.
Sete anos de dedicação até o Tiger/Corinthians
Gabriela começou a jogar futsal quando tinha apenas 8 anos, na Escolinha do Flamengo. Depois, ela passou por Botafogo e Sport Club, quando conheceu a treinadora Karina Pazzi. Ela foi a responsável por levar a menina, no ano passado, para o Clube Bom Pastor, onde, mesmo com 15 anos, pôde treinar com atletas da categoria adulta.
“A Gabi começou comigo com 13 anos. Trouxe ela pro Bom Pastor porque sempre foi diferenciada em sua dedicação, é a primeira a chegar no treino e a última sair. Perguntava o que precisava melhorar, o que eu achava do desempenho dela. Isso fez ela ter um melhor desenvolvimento durante esses anos e bater o potencial dela mais rápido. Quis muito e pensava em melhorar não só para si, mas para o time também”, enaltece a técnica.
Na visão de Karina, a atleta juiz-forana terá muito sucesso no futsal pela sua fácil adaptabilidade “Onde você precisar, ela vai. Em 2022, eu não tinha goleira no time e precisava de uma, e a Gabi se disponibilizou para ir. Esse ano mudamos o estilo de jogo, começamos a introduzir mais movimentações. Tirei ela da posição que gostava de fixa e coloquei de pivô para começar a flutuar mais. Se adaptou rápido, agora joga em todas as posições e é muito inteligente com e sem a bola no pé”, elogia.
Fã de Marta e de Cristiano Ronaldo, por “terem batalhado muito”, Gabi, agora em um dos maiores clubes do Brasil, valoriza pessoas que estiveram com ela durante sua trajetória. “Agradeço a minha mãe que sempre me apoiou, ela ia nos treinos e jogos, estava lá torcendo por mim e me incentivando sempre. Aos meus treinadores, que falavam que eu ia longe e me ensinaram muito. À goleira do Clube Bom Pastor, a Letícia, porque aprendi muito com ela e também à minha amiga Jade, que sempre está do meu lado me incentivando, sem deixar eu desistir”.
*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva