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Programa de natação do CBP atende pessoas com deficiência física e intelectual

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O Clube Bom Pastor (CBP) iniciou um trabalho educativo voltado para pessoas com deficiência física e intelectual. Denominado de Projeto Formar, a iniciativa é vinculada à Lei Federal de Incentivo ao Esporte e oferece aulas gratuitas de natação para 12 alunos entre 9 e 60 anos. O programa é patrocinado pela empresa U&M Mineração.

Como conta o diretor de esportes do CBP, Pedro Toledo, o projeto tem cunho social, com objetivo de formar cidadãos. “A maioria dos alunos são adolescentes, mas também temos algumas pessoas mais velhas. O foco é atender pessoas com deficiência, englobando casos como paralisia cerebral, deficiência física e TDAH. A seleção foi feita por ordem de inscrição, sem ser necessário que a pessoa saiba nadar. Os benefícios incluem aulas diárias com dois professores e para auxiliar no desenvolvimento, considerando as limitações dos alunos”, explica.

O projeto é totalmente gratuito para os participantes, bem como os materiais necessários, como roupas de natação (sunga, maiô e touca), uniformes completos (agasalhos, shorts, camisetas) e outros itens essenciais. Um dos professores é Álvaro Ferreira, o “Cebola”, que fala dos principais objetivos do projeto.

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“Trabalhamos com os alunos atividades no meio líquido com intuito de promover ganhos no equilíbrio, postura e coordenação dos praticantes,  proporcionando relaxamento dos músculos, além da sensação de liberdade e independência. O contato com a água é bastante importante e estimulante para muitas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A prática esportiva também ajuda na socialização, trabalhando aspectos como a afetividade, a autoconfiança e a criatividade”, considera.

Projeto Formar do CBP atende 12 alunos com deficiência física ou intelectual (Foto: Jéssica Pereira/CBP)

Retorno à prática esportiva

Uma das atendidas pelo Projeto Formar é Luana Passos Pascoalini, de 44 anos, moradora do Bairro São Pedro, Cidade Alta. O esporte é sua paixão desde os três anos, por acreditar que “alimenta o corpo e a mente”. Entretanto, ela precisou ficar anos sem nadar devido a uma limitação cardiorrespiratória e paralisia de prega vocal. Em agosto, retornou à modalidade após a indicação do Clube Bom Pastor por uma amiga.

“O clube me recebeu de braços abertos e os professores são muito solícitos, me  incentivam a cada aula. Com isso estou conseguindo superar meus limites. Fiz amigos, interajo com alunos e pais. Ganhei um uniforme completo e não preciso comprar nada. Os horários para natação e fisioterapia são bem flexíveis, de acordo com as necessidades de cada um. Natação sempre foi meu esporte favorito. Sempre foi um desejo nadar no clube desde nova, e agora, é possível. Tudo isso me ajuda na parte física e emocional”, diz Luana.

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Festival de natação 

No último dia 25, os alunos do Projeto Formar participaram do primeiro festival de natação do programa, o qual contou, também, com outros 15 alunos das escolinhas. Antes da disputa, ocorreu uma palestra, ministrada pelo professor Guilherme Leocádio, sobre a importância da atividade física, especificamente a natação, para inclusão e qualidade de vida dos atendidos.

Após a palestra, todos foram para a piscina, realizando provas de 25m e 50m em vários estilos. O evento terá uma segunda edição, marcada para o próximo dia 14.

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*Sob supervisão do editor Gabriel Silva

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