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Professor usa febre da Copa do Mundo para adaptar aulas de judô

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Debaixo do quimono, camisas da Seleção Brasileira. No aquecimento, corrida para localizar, em um mapa geográfico, os países participantes da Copa do Mundo do Catar. Na realização de fundamentos do judô, a adaptação com movimentos característicos do futebol por meio, também, da utilização de uma bola. Estes são alguns dos exemplos usados pelo professor Linus Pauling em aulas de judô de duas escolas de Juiz de Fora durante o Mundial, assunto em alta neste final de ano.

Linus com alunos durante aula de judô (Foto: Divulgação)

“Faço trabalho com a educação infantil e ensino fundamental I nas escolas Bricks e Bright. Como os alunos estão empolgados, temos aquecimento com bola, algumas corridinhas, trabalho fundamentos, como o ‘osoto-gari’, um movimento de queda em que você joga o pé lá na frente e depois joga para trás tentando derrubrar seu adversário. É muito parecido com chutar a bola de calcanhar. Em toda a movimentação de perna brincamos com a bola, que está em foco hoje, até nos rolamentos”, detalha Linus.

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Além de professor de judô, Linus também leciona geografia e é educador físico, o que o permite abordar diferentes dinâmicas com mais de 50 jovens dos 3 aos 10 anos. “A primeira forma que a gente insere a Copa nas aulas de judô é com um mapa que temos nas escolas onde eu dou aula. Como sou professor de geografia também, brinco com onde ficam os países que temos ouvido falar na Copa, dando prioridade pro Brasil, Japão e Estados Unidos. Perguntamos onde fica cada país e eles têm que mostrar. Também conversamos sobre os jogadores, o ganhar e perder, o fair play, o respeito, e até a postura dos japoneses, de disciplina da torcida, que sempre recolhe o lixo dela e de outras pessoas nos estádios”, esmiuça. “Nessa idade não pode ter uma iniciação precoce na vida de atleta, a modalidade na escola precisa vir para a agregar os trabalhos e valores que a escola vêm desenvolvendo e, assim, ser convergente com seu projeto político-pedagógico e sua metodologia de ensino. Foco nas habilidades motoras, na psicomotricidade e nas relações sociais, além da introdução à modalidade”, complementa.

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Foto: Divulgação

Conforme Linus, esta é uma prática que dribla um possível cansaço do aluno com exercícios mais tradicionais da arte marcial, além de envolver as crianças em um tema comentado em toda a cidade e país. “O aluno fica mais motivado porque não só nossos alunos, mas no Brasil existe essa tradição de parar pra acompanhar os jogos da Seleção na Copa do Mundo de futebol. É importante, mesmo sendo de outra modalidade, aproveitar esses momentos e trazer pro nosso dia a dia, trazendo características de outros esportes para a sua aula, porque todas as modalidades são importantes”, reforça.

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