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Justiça determina penhora do Salles Oliveira e marca leilão

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Decisão do Tribunal do Trabalho pode se estender a diferentes processos envolvendo o alvinegro (Foto: Felipe Couri)
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O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, por meio do juiz Tarcisio Corrêa de Brito, da 5ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, determinou a penhora e o leilão do Estádio Salles Oliveira, localizado no Bairro Santa Terezinha, na Zona Nordeste, e pertencente ao Tupi. A Tribuna teve acesso a uma decisão judicial de 4 de agosto de 2023 em que juiz considera o valor do Salles Oliveira em R$ 11 milhões. Em outro documento, de 31 de agosto, o leilão é agendado para o dia 1º de dezembro deste ano. As decisões são referentes a um processo do ex-atleta carijó Thiago Duchatsch Moreira.

Em contato com a reportagem, o advogado Lucas Silva, responsável pelo caso de Thiago, garantiu que outros processos foram habilitados. “Tem o do Ademilson, do Walker Campos e de mais alguns outros atletas, envolvendo salário, indenização e verba rescisória”. Ele conta que havia entrado com pedido para a penhora da sede social, no Centro da cidade, para que os pagamentos a seus clientes fossem realizados. Mas, segundo o advogado, o direcionamento concedido foi para o campo de Santa Terezinha, por conta da falta de interesse de pessoas e empresas em comprar a sede.

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Procurado, o presidente do Carijó, Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, não entrou em detalhes. “O Salles não tem chance de ir para leilão, essa situação já aconteceu outras vezes. Mas, se precisar, vamos recorrer”, disse.

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Na noite de quinta-feira (8), em novo contato com a reportagem, o clube informou que o Estádio Salles Oliveira passou por processo de permuta com a empresa Rezende Roriz e que, dessa forma, a empresa responde juridicamente pelo local. O clube ainda afirmou que não mais tem pendências financeiras com atletas que disputaram o estadual pelo clube neste ano. A Tribuna procurou a Rezende Roriz para responder sobre o Estádio Salles Oliveira e aguarda resposta.

Em 2022, o Tupi apresentou à imprensa o resultado de auditoria das finanças do clube, realizada a pedido do presidente Eloísio Pereira. Conforme levantamento realizado pela empresa Ética Contábil e Jurídica para o clube, o passivo da centenária agremiação juiz-forana totalizava cerca de R$ 14 milhões à época. Uma reportagem da Tribuna no ano anterior apurou R$ 2,5 milhões em dívidas apenas decorrentes de questões trabalhistas.

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