O treinador Léo Condé, há pouco mais de um ano no comando técnico do Vitória, já é considerado pelos torcedores como um dos maiores treinadores do clube, como é possível ver em publicações nas redes sociais. Depois de conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado – primeiro troféu nacional da história do Leão da Bara – o treinador nascido em Piau e ex-Tupi se sagrou campeão baiano com o rubro-negro no último domingo (7), após o empate por 1 a 1 contra o rival Bahia, na Arena Fonte Nova. Na primeira partida, no Barradão, o Vitória venceu por 3 a 2.
A conquista marcou o 30° título baiano do Vitória e o fim de um jejum de sete anos sem vencer o campeonato estadual. Em entrevista coletiva após o título, Léo Condé comemorou o resultado e a forma como seu time atuou durante a competição. “Satisfação muito grande. A gente fica orgulhoso de saber que está no caminho certo. Não é um trabalho só meu, é da comissão técnica, do grupo e da diretoria. Mantivemos uma base da equipe, uma maneira de jogar, e tem dado certo até agora. Esperamos manter isso no decorrer da temporada. Motivo de orgulho. Nosso time tem muita personalidade, nosso time sempre se portou de maneira muito boa em jogos importantes e mostrou personalidade”.
Após levantar mais um troféu, Léo Condé terá pouco tempo até a estreia do Vitória na Série A do Campeonato Brasileiro, no próximo domingo (14), contra o Palmeiras. Será a primeira vez que o comandante dirigirá uma equipe na principal divisão do país. “É um motivo de satisfação e orgulho muito grande estar à frente de um time como o Vitória e conseguir mais uma conquista. Mostra não só o trabalho do Léo Condé, mas de toda a comissão, atletas e direção, mas, principalmente, resgata o respeito do clube e mostra que temos capacidade de fazer bons jogos contra boas equipes. Vamos precisar muito disso, já que tem uma Série A e uma Copa do Brasil batendo na porta. É um grande cartão de visitas”, disse o técnico.
Relação de Léo Condé com JF
Em entrevista recente à Tribuna, Léo Condé, que teve sua primeira experiência como treinador do Tupi em 2011 e outra passagem em 2014, lamentou o atual momento vivido pelo futebol de Juiz de Fora, sem um representante sequer na elite do futebol mineiro.
“Minha relação com Juiz de Fora é muito grande e como profissional do futebol, acompanho. Torço muito para que o Tupi e o Tupynambás consigam o acesso para a primeira divisão. A gente fica triste porque é uma cidade que gosta muito de futebol e merecia ter no mínimo ter uma equipe na Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, com a possibilidade de disputar competições de nível nacional, como na nossa época. Tomara que o futebol da cidade consiga reencontrar aquele bom caminho, porque é uma cidade que merece, tem uma torcida que gosta de futebol. Fico na torcida por isso”.
O treinador também entende que, por ter conseguido se consolidar dentre as equipes tradicionais do futebol brasileiro, principalmente na região Nordeste, seu trabalho e sua trajetória podem servir de inspiração para profissionais da região que almejam chegar aos principais clubes do Brasil, seja como técnico ou jogador. “Sei que sou espelho para vários treinadores que iniciaram nas categorias de base. Represento também vários bons profissionais da cidade, vários atletas que trabalharam comigo no Tupi, dirigentes. É uma satisfação enorme representar todas essas pessoas que gostam de futebol”.