Os Jogos Pan-Americanos de Santiago foram encerrados no último domingo (5), com 205 medalhas conquistadas pelo Brasil, sendo duas com participação de atletas da cidade. O juiz-forano Felipe Roque, jogador do Farma Conde/Vôlei São José, conquistou, no sábado (4), a medalha de ouro com a seleção masculina de vôlei dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, ao derrotar a Argentina na final por 3 sets a 0. Além dele, a boxeadora Bia Ferreira, baiana radicada em Juiz de Fora, já havia sido campeã da categoria até 60kg, após vencer a colombiana Angie Pana por 5 a 0.
Em entrevista concedida à Tribuna após o ouro no Pan-Americano, Felipe conta que a equipe teve pouco tempo de preparação, mas afirma que o foco durante a competição foi fundamental para conseguir o primeiro lugar. “Essa conquista dos Jogos Pan-Americanos foi muito importante, até porque a gente teve pouquíssimo tempo de preparação. Nos reunimos uma semana antes da nossa estreia, então foi um tempo muito curto para a gente conseguir se ajustar a entender o que o técnico (Giuliano Ribas) queria. Mas desde o primeiro dia que a gente chegou (para a preparação), pensamos somente no campeonato. A gente respirava vôlei. Estudamos muito todos os adversários, e a gente foi se firmando a cada jogo. Cada partida foi muito importante para a gente ir se firmando, ganhando confiança como grupo. E foi assim na semifinal e até na final”, afirma.
Para a competição, Giuliano Ribas, o “Juba”, levou para Santiago uma delegação composta tanto por atletas de mais rodagem na seleção, como por atletas mais jovens. Felipe destaca que essa mescla de jogadores foi muito importante durante a disputa do Pan-Americano. “Foi uma mescla de juventude e pessoas mais experientes que deu uma liga muito boa e fez com que a gente jogasse super bem e super à vontade em quadra. E isso foi um fator importante para quando precisamos. E precisou no momento mais importante, que foi no jogo contra a Argentina na final, em que estávamos perdendo o primeiro set por 19 a 15, e a gente conseguiu reverter e ganhar o set e depois ganhar os outros sets”, avalia Roque.
Felipe entende que a mescla de jogadores jovens e experientes utilizada em Santiago será muito importante para os Jogos Olímpicos de 2024, que acontecem em Paris, de 26 de julho a 11 de agosto. “Essa mescla sempre foi fundamental em todos os times que a seleção montou. Pensando no próximo ciclo e no próximo ano, que tem Olimpíadas, será muito importante. Eu acho que os técnicos vão ter uma dor de cabeça boa, porque são ótimos jogadores que são experientes, e ótimos jogadores novos também, então convocar apenas 12 atletas para ir aos Jogos será um desafio muito grande para eles. Mas a gente sabe que quem for para as Olimpíadas, independente de quem seja, vai representar muito bem o Brasil”, conclui.
Triatleta celebra resultado
O triatleta Antônio Bravo, outro representante juiz-forano nos Jogos de Santiago, encerrou a competição sem medalhas. O 11º lugar conquistado no triathlon pelo atleta de 24 anos foi motivo de comemoração, apesar de ele considerar que poderia ter alcançado uma melhor posição. “Contente com o resultado da minha primeira participação nos Jogos, mas com aquele sentimento de que ainda posso melhorar muito. Obrigado a todos pela torcida”, publicou Antônio nas redes sociais.
Recorde de medalhas
O desempenho do Brasil nos Jogos Pan-Americanos em Santiago foi histórico. Com 205 medalhas conquistadas em Santiago, o Time Brasil ficou em segundo no quadro de medalhas, e superou o recorde estabelecido no Pan de Lima, no Peru, em 2019, de 171. Ao todo, foram 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes. Além disso, com o resultado, o Brasil também garantiu vaga para as Olimpíadas de Paris 2024 em mais sete modalidades: handebol feminino, boxe, hipismo — este com os brasileiros do adestramento precisando confirmar a vaga fazendo índice até junho do próximo ano, natação, pentatlo moderno, tênis, tiro com arco, e vela.
*Estagiário sob supervisão do editor Gabriel Silva