Neymar não quis conceder entrevista após o apito final no jogo de sexta. O silêncio inclusive gerou críticas da imprensa e da torcida, o que fez com que o coordenador da seleção, Edu Gaspar, saísse em sua defesa neste sábado. “Se dá um sorriso, é criticado e elogiado. Se chora, é criticado e elogiado. Se não dá entrevista, é criticado e elogiado. Não é fácil ser Neymar, é difícil estar na pele do Neymar em alguns momentos”, disse.
Momentos depois, o próprio atacante do Paris Saint-Germain se manifestou através da rede social. “Posso dizer que é o momento mais triste da minha carreira, a dor é muito grande porque sabíamos que poderíamos chegar, sabíamos que tínhamos condições de irmos mais além, de fazer história… Mas não foi dessa vez”, escreveu.
Neymar chegou à Copa do Mundo sob dúvidas após a lesão sofrida no Paris Saint-Germain, teve altos e baixos ao longo da competição e foi bastante criticado por seu comportamento em campo, principalmente por suas simulações de faltas e agressões, assim como exibiu um grande desequilíbrio emocional na partida contra a Costa Rica. Diante da Bélgica, pouco apareceu, ao ser bem marcado pelos zagueiros rivais.
Esta foi a segunda vez que ele disputou a Copa do Mundo, e a segunda em que foi eliminado. Em 2014, no Brasil, no entanto, se lesionou nas quartas de final, diante da Colômbia, e não atuou na semifinal, no histórico 7 a 1 sofrido diante da seleção da Alemanha, no Mineirão, em Belo Horizonte. Ele também não atuou na derrota por 3 a 0 para a Holanda, na decisão do terceiro lugar, no Mané Garrincha, em Brasília.
“Difícil encontrar forças para querer voltar a jogar futebol, mas tenho certeza que Deus me dará força suficiente para enfrentar qualquer coisa, por isso nunca deixarei de te agradecer, Deus, até mesmo na derrota… Porque eu sei que o teu caminho é muito melhor do que o meu”, apontou.
Apesar da tristeza pela queda, o atacante ressaltou o orgulho por vestir a camisa da seleção e pela campanha no Mundial. “Muito feliz em fazer parte desse time, estou orgulhoso de todos Interromperam nosso sonho, mas não tiraram da nossa cabeça e nem dos nossos corações.”