Aos 41 anos, Ricardo Oliveira falou pela primeira vez como o novo contratado do Athletic Club, de São João del-Rei, na manhã desta segunda-feira (7), ainda em Belo Horizonte. Na apresentação oficial do atacante, ele exaltou o projeto da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), destacou as primeiras impressões desde o acordo e que o desafio apresentado o motivou a aceitar a proposta alvinegra, tendo preterido oportunidades até mesmo na elite do Paulistão.
“A visão que o time tem, por intermédio do pessoal da SAF e da diretoria, e um treinador multicampeão e que jogou bola, que é o Roger, com quem tive a felicidade de atuar, no São Paulo em 2010, e depois enfrentar. É um cara muito competente por aquilo que fez dentro de campo e que realiza hoje aqui. A forma ousada com que ele arma o time, a entrega dos companheiros em campo, tudo isso me motiva. Vejo que tem um potencial muito grande no elenco e é exatamente isso que me fez vir pra cá”, reitera o experiente goleador, que se disse preparado para buscar escrever mais uma página importante em sua trajetória.
“Saber que é um time que as pessoas estão olhando de uma forma diferente, vendo que tem jogadores interessantes… venho por isso. Quero, junto com eles, dentro do Campeonato Mineiro, marcar história. Vi que é um grupo, são pessoas com uma visão muito clara, de fazer o time chegar o mais alto possível na competição, passo a passo. E acho isso palpável. E venho para somar, unir forças, poder entregar o máximo de mim dentro de campo com gols, passes, assistências, aconselhamentos e direcionamento, porque acho que isso ajuda bastante, passei por isso quando iniciei a carreira e sei como é ter um jogador experiente e que pode te direcionar. Sem contar com a juventude, o vigor que esse time tem. Pode chegar muito longe”, analisa Ricardo.
Em carreira vitoriosa, o atacante acumula passagens por Portuguesa, Santos, São Paulo, Atlético-MG, Valencia-ESP, Betis-ESP, Zaragoza-ESP, Milan-ITA, Al Jazira-UAE e Al Wasl-UAE, além da seleção brasileira. O jogador de 41 anos chegou a acertar com o São Caetano para a disputa da Série A2 do Campeonato Paulista no último mês, mas deixou o time dez dias depois sem estrear. O último clube do atacante foi o Coritiba, onde fez 18 jogos e marcou dois gols em 2021.
Já na tarde desta segunda, o atacante desembarcou em São João del-Rei, onde também concedeu coletiva, agora à imprensa local.
Pronto para atuar
O Athletic vem de empate em 1 a 1 com o América-MG no último sábado (5), na Arena Independência, em Belo Horizonte. Com o resultado, a equipe são-joanense caiu uma posição na tabela, mas segue no G4, agora em quarto lugar, com 7 pontos, três a menos que o líder Atlético-MG.
O clube busca regularizar Ricardo Oliveira junto ao Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até esta terça-feira (8), para que o atacante já possa enfrentar o Tombense na quarta (9), às 15h30, no Estádio Joaquim Portugal, pela 5ª rodada do estadual.
Fisicamente, o artilheiro se colocou à disposição de começar a ser aproveitado pelo técnico Roger. “Antes de fechar, conversamos que já vinha me preparando em um contexto coletivo em clube, os trabalhos que tinha que fazer de força. Obviamente que o que vai me faltar, e vou ganhar no dia a dia, são ritmos, de treino e de jogo. Você só consegue jogando. Mas já venho com a disposição de treinar hoje (segunda), ficar à disposição do Roger e me encontrar com os novos companheiros”, assegura o veterano.
Meta de 400 gols
Questionado se ainda haveria tempo para disputar mais uma artilharia em sua carreira, Ricardo preferiu enaltecer a vontade de chegar às conquistas coletivas, mas não escondeu uma meta individual.
“Quando aceito os desafios, sempre me envolvo para entregar sempre o meu melhor. O que é o melhor que entreguei ao longo desses 21 anos de carreira profissional? Profissionalismo, gols, superação, dedicação, paixão pela profissão. E sou um cara fascinado pelo gol. Acho que é o momento mais esperado do futebol. (…) Estou em busca de objetivos claros. Ainda quero chegar aos 400 gols na carreira, faltam 14. Espero fazer os gols necessários para que contribuam para que o objetivo do time seja conquistado. Se meus gols forem somente pra bater essa meta, quero abrir mão disso pra que a meta coletiva seja alcançada. Venho entregar tudo. Quero ajudar, treinar, fazer gols, dar assistências, mas espero alcançar primeiro os objetivos coletivos. Minha vinda ao Athletic é pelo projeto, pela visão, ambição e potencial que vejo nesse time.”