Não basta vencer. A equipe juiz-forana Chakuriki trata a difusão da escola comandada pelo mestre Carlos Silva como a finalidade central na 1ª etapa do Campeonato Mineiro de Muay Thai, que será disputada na Quadra Padre Parreiras, no município de Luz (MG), neste sábado (8), a partir das 17h. A confiança no trabalho é tão presente que o discurso se torna natural tanto para os cinco lutadores que irão disputar o Estadual, como para o professor.
“A gente espera nocaute de todos eles. Não querendo menosprezar as outras equipes, mas estamos muito bem treinados e confiamos nisso. Eles não vão para decidir a luta por pontos. Nossa escola, assim como a holandesa, busca o nocaute o tempo todo. Não que o adversário seja ruim, mas faz anos que trabalhamos dessa forma”, relata o mestre Carlos Silva.
Entre os 80 embates programados para o evento, possuem compromisso no ringue os lutadores locais Jonas “Cobra Kan” (categoria 63kg) e Alexsander “Gordinho” (67kg), pela classe amadora, Thiago Samurai (70kg) e Leone Ladeira (75kg), na classe semi-profissional, e Geraldo Taz (70kg), na classe A, a profissional.
O mais experiente do quinteto, Taz, 30 anos, irá fazer a principal luta do torneio, contra o adversário conhecido como Paulista. Três vezes campeão estadual, quatro do Brasileiro e medalha de ouro em outras competições regionais, o atleta local tem boas expectativas para o confronto.
“Tem aquele velho frio na barriga, mas o fato de fazer a última luta, pelo treinamento e profissionalismo da nossa equipe, é tranquilo para mim. Minha intenção é mostrar e representar o estilo Chakuriki. Tenho certeza que se eu fizer o que treinei na academia vou conseguir o que quero, de nocautear no último round”, conta.
O entrosamento e alto nível técnico na modalidade também são trunfos dos atletas que, segundo o mestre Carlos Silva, representam a academia há, no mínimo, sete anos com dois treinos diários, de segunda a sábado.
Estilo
A academia Chakuriki revela lutadores desde 2007 na cidade, fundamentada nos ensinamentos no kickboxing e muay thai holandeses. “Trabalhamos com profissionais da Holanda e já levamos um atleta para lutar lá, assim como fomos ao Japão. E isso continua. Os lutadores disputam competições na região e aqueles que obtiverem destaque podem ir para outros países como Holanda, Bélgica e Itália, que são referências quando se fala em kickboxing ou muay thai”, conta Carlos Silva.
Entre as características da escola, a combinação de golpes é um dos diferenciais. A disciplina não poderia estar separada do trabalho essencialmente profissional, como relata o atleta Leone. “Começamos a dar aula, treinar com várias pessoas, e isso nos amadurece. Temos que seguir regras e tudo isso constrói um bom atleta. Com o tempo adquirimos disciplina e formamos uma família. É um trabalho muito sério e vamos procurar sempre mostrar o muay thai de verdade”, destaca.