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JF Esportes: JF Vôlei expande para futsal e basquete com sonho de competições nacionais

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A temporada do JF Vôlei deixou uma sensação aos torcedores de que é possível Juiz de Fora ter uma equipe competitiva e que brigue no cenário nacional. Esse sentimento também é partilhado pelos diretores Heglison Toledo e Maurício Bara, e não só no vôlei. Nas próximas semanas, o clube irá apresentar a formação do JF Esportes – que inclui, em um primeiro momento, além do JF Vôlei, o JF Futsal e o JF Basquete. A projeção é começar com o fortalecimento das categorias de base, embora a meta final seja, em cerca de oito a dez anos, ter uma equipe para disputar a Liga Nacional de Futsal (LNF) e o Novo Basquete Brasil (NBB), além de, claro, a Superliga.

Em entrevista à Rádio Transamérica nesta sexta-feira (5), os dois diretores falaram sobre as projeções para os novos esportes. Conforme diz Heglison, o projeto de futsal terá parceria da escola Wellington Fajardo, com o filho Lucas Fajardo como responsável. Já o basquete será coordenado pelo professor Dilson Borges. “Começamos com a ideia do futsal à medida que iniciamos as atividades no centro de ensino. Temos uma relação muito próxima com o Dilson, que tem um projeto consolidado na Universidade, e observamos uma oportunidade de trabalhar a marca, com o JF Esportes incluindo os três esportes. Muitas escolas nos procuram para implementar atividades na escola, como o basquete, que veio por essa demanda”, explica.

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Além dos esportes de quadra, o JF Esportes oferece pilates e ginastica rítmica nos centros de ensinos. A ideia é que o trabalho seja feito com parcimônia, considerando o tempo necessário para sua implementação. “Primeiro é dar continuidade na estrutura do voleibol, por exemplo, com a equipe de base feminina, para, em um segundo momento, pensarmos no futsal, e, em terceiro, no basquete, de uma maneira paulatina e estruturada para que a gente possa lapidar os talentos que existem nos esportes”, analisa Heglison.

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No entendimento de Bara, a junção dos três esportes em um é um desafio, pois envolve uma energia muito grande para capacitação dos profissionais. “Mas sempre falo, dá para fazer tudo se tivermos recursos e pessoas. É o tripé estrutura, recursos humanos e atletas”. Como aliado, o JF Esportes contará com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – assim como foi desde o início do JF Vôlei, declara Toledo.

“Somos vinculados à UFJF, não cortamos nosso cordão umbilical. O crescimento é fruto dos nossos estudos. O Maurício tem a linha dele de controle de carga e eu voltado para a gestão. Estamos trabalhando na formação de alunos e profissionais para eles se capacitarem e, lá na frente, colhermos frutos. Em todas as pesquisas e investigações, digo que o JF Vôlei é o nosso laboratório. É onde coletamos dados e fazemos levantamentos. Nossos alunos fizeram pesquisas sobre o que aconteceu no ginásio, como dados do consumidor e mobilidade, que impactam uma equipe de alto rendimento consolidada na economia da cidade”

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De acordo com Bara, à medida em que o projeto for se consolidando no futsal e no basquete, o planejamento não é ficar só na iniciação. O sonho é, daqui a oito ou dez anos, disputar as principais competições do país. “A nossa missão do ponto de vista institucional é fazer com que a cidade seja referência em formação de qualidade”, conta o diretor.

Os interessados em integrar as equipes podem entrar em contato através do Instagram @jfvôlei.

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Com Maurício Bara e Heglison Toledo, JF Vôlei cria vertentes no futsal e no basquete com o JF Esportes (Foto: Cris Hubner)

Foco na captação de recursos para o JF Vôlei

Segundo Maurício Bara, os valores advindos da Leis de Incentivo Federal e Estadual serão usadas para o JF Vôlei em suas categorias de base e núcleos sociais. Para a próxima temporada, o intuito é ter mais patrocínios. Ele analisa que a situação é um pouco diferente de 2021, quando a equipe venceu a Superliga B de forma invicta, mas não disputou a principal competição do país na modalidade no ano seguinte por falta de verba.

“Para mim, agora é o momento mais duro da temporada, com a captação de recursos. Precisamos ter certeza do que vamos ter, e, quanto antes sabermos, melhor, que aí pegamos um bom mercado. Jogar o Campeonato Mineiro e preparar para a Superliga B sem ter a C no caminho. É um diferencial para convencer os atletas a virem para Juiz de Fora. Temos que ver as renovações com os patrocínio e temos que ter time para competir, e já existe um envolvimento maior político e empresarial. Naquele ano (2021), corremos atrás, mas meu telefone não tocou. Estamos com outras ferramentas para implementar e depender um pouco menos de patrocínio. Juiz de Fora tem tudo para ter uma grande equipe, tem estrutura, conhecimento, e é uma cidade boa de se viver”, acredita Bara.

Questionado se continuará como técnico do JF Vôlei, o também professor da UFJF diz que não. Mas ele segue como diretor e já tem projetos novos em mente. “Estamos batalhando para termos mais segurança no projeto, como a tentativa de recursos parlamentares e (a fomentação) do sócio torcedor do JF Vôlei. Somos abertos a ter um patrocínio master e que chegue assumindo o nome da equipe, mas sem perder a identidade. Só que acho que estamos longe disso, precisamos galgar alguns degraus ainda”.

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Da mesma maneira, Toledo entende que o primeiro passo é analisar a quantidade de recurso para projetar o próximo ano do JF Vôlei. “Estamos estudando ferramentas de gestão para aumentar nossa capacidade de captação e ficar menos dependente de um patrocínio direto, como o apoio do Comitê Olímpico de Clubes. A nossa perspectiva é que a partir de 2025 tenhamos a consolidação plena. O projeto tem governança, e faremos uma prestação de contas. Queremos dar essa resposta para o empresariado, mostrando que pode investir, porque vai ter retorno institucional, econômico, de impacto, de fidelização”, prospecta.

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