A diretoria do Tupi quebrou o silêncio e falou nesta sexta-feira (06) sobre a cobrança judicial de dívidas do clube com o atacante e ídolo da torcida local, Ademilson. O jogador acionou a Justiça do Trabalho cobrando atrasados dos últimos dois anos, e os dirigentes do Alvinegro de Santa Terezinha tomaram conhecimento e apreciaram o processo durante os últimos dias. A primeira audiência do litígio está marcada para o dia 25 de fevereiro.
Nesta sexta, o vice-presidente do conselho gestor do Tupi, Cloves Santos, reuniu a imprensa juiz-forana para dizer que o departamento de futebol do clube não vai tratar diretamente do assunto. Segundo ele, isso ficará a cargo do departamento jurídico, que tem à frente o advogado Lucas Fortuna, a partir de agora. O cartola justificou a atitude por conta de a ação ser “uma decisão individual” do atacante e não uma questão coletiva.
O diretor informou que sua divisão da agremiação vai estar “focada em assuntos que dizem respeito à disputa das competições que o time tem pela frente” e que o jogador, enquanto tiver contrato com o Alvinegro de Santa Terezinha e cumprir com suas obrigações normalmente, não sofrerá qualquer tipo de sanção.
Cloves também acenou com a possibilidade de as partes se entenderem antes mesmo de o processo avançar. “Esse foi o caminho escolhido por ele. Agora haverá um juiz para o caso, e vamos resolver. Ficará a cargo do nosso departamento jurídico, cuja posição é, primeiro, a tentativa de acordo e, se isso não acontecer, a defesa. Nunca faltou diálogo com ninguém aqui dentro, não seria com o Ademilson que iria faltar”, disse Santos, que no fim da reunião com os jornalistas foi acompanhado pela presidente do Tupi, Myrian Fortuna.
Ademilson esteve presente em Santa Terezinha, treinou normalmente com o grupo e deixou o local sem falar com a imprensa. A reportagem da Tribuna tentou contato com o jogador através de telefonemas e mensagens, mas não obteve resposta.