Saem chuteiras, luvas e bolas. Entram tênis, anilhas e barras. Comandados pelo preparador Renê Carlos, os atletas do Tupi têm suado a camisa com um intenso trabalho físico desde o início da pré-temporada. Já são 15 dias dedicados quase que exclusivamente aos circuitos funcionais. Uma rotina que surpreende até os atletas mais experientes.
“É um trabalho bem desgastante, né?”, respira aliviado o meia Vinícius Kiss, após concluir mais um dia de sufoco sob o comando de Renê Carlos. “Temos sofrido um pouquinho. Costuma ser assim no início da pré-temporada, que é uma base que ganhamos para o ano inteiro. Fazemos uma preparação para 11 meses, e estamos conscientes que será muito importante para as duas competições que teremos pela frente em 2016.”
Na planilha de atividades da comissão técnica é como se cada gota de suor fosse calculada. Tendo nas mãos os resultados de exames feitos nos primeiros dias de treinamento, Renê Carlos determina quais objetivos cada atleta deve atingir, com foco na melhora da força muscular e da parte aeróbia, e a diminuição do percentual de gordura. Para maximizar os resultados, o preparador físico deixou a academia de lado e trouxe todas as atividades para o gramado.
“Meus trabalhos são todos de força. Sempre no gradativo, para evitar riscos de lesionar o jogador”, afirma Renê Carlos. “Trabalho sempre com os atletas no limite, com carga de 90% a 100%. A academia é mais para recuperação. Para melhorar a força muscular, os trabalhos com as barras dão uma resposta muito maior do que na academia. Estamos conseguindo um resultado muito bom, principalmente pelo empenho deles (atletas). É um grupo muito bom, trabalha sempre no limite, com qualidade.”
Sem Sidimar
Fracassou o plano carijó para manter o zagueiro Sidimar. Apesar de ter definido as bases contratuais para uma nova temporada com o Tupi, o defensor foi emprestado para o Boavista-RJ. O Atlético-MG, dono dos direitos federativos do jogador, possui uma parceria com o clube de Saquarema e preferiu ver o atleta disputando o Campeonato Carioca.