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Tupynambás vende maior parte da sede e compra terreno para CT

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O Tupynambás sacramentou, nesta semana, a venda da maior parte da sede do clube, localizada no Bairro Poço Rico, Zona Sudeste de Juiz de Fora. O negócio contempla uma área de 13.800 metros quadrados, que envolve o parque aquático, o campo do estádio José Paiz Soares, o ginásio poliesportivo e os setores de musculação e fisioterapia entre as dependências. A estrutura social, de frente à Rua Delorme Louzada, permanece como patrimônio do clube, que irá construir novos aparelhos esportivos no local. Ao mesmo tempo, o Baeta confirmou a compra de um terreno de 726 mil metros quadrados na BR-040, próximo à Barreira do Triunfo, Zona Norte, onde será construído um centro de treinamento (CT) com previsão de ser utilizado já na próxima temporada.

Conforme Cláudio Dias, presidente da agremiação que contempla 111 anos no próximo dia 15, um supermercado da rede Assaí Atacadista deverá ser instalado no espaço comercializado. A Tribuna buscou contato com a empresa que seria a compradora, que negou, por meio de nota. “O Assaí está em franca expansão e temos analisado diversos pontos em diferentes cidades. Sobre o local citado em Juiz de Fora, não confirmamos a informação”, respondeu.

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Campo, ginásio e parque aquático foram vendidos; estrutura social, da Rua Delorme Louzada, foi mantida pelo clube e será reformulada (Foto: Leonardo Costa)

Em relação ao patrimônio mantido no Bairro Poço Rico, referente à sede social do clube, o dirigente explica que um novo complexo esportivo será construído. “O Tupynambás tinha um terreno de 16.800 metros quadrados. Nós estamos ficando com 3 mil metros quadrados. Na parte que irá ficar com o Baeta, vamos ter um salão de 400 metros quadrados, uma sala de reunião, a nova secretaria, sala de presidência, duas piscinas novas, academia e duas lojas para aluguel para manter o clube ali”, detalha Cláudio que ainda afirma buscar, em âmbito judicial, a posse de lojas que teriam, segundo o diretor, sido vendidas de forma ilegal, sem autorização do Conselho em assembleia.

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“Já para a venda da sede, nós fizemos uma assembleia geral, chamamos o cartório, fizemos uma ata notarial autorizando a venda. Isso, para as lojas, não existiu. Precisa falar com a assembleia do clube. Entramos na justiça e estamos pedindo a reintegração para o Tupynambás”, complementa Cláudio, que afirmou que as tratativas duraram quase um ano.

Registro recente do parque aquático do clube, já sem água e cuidados pela venda negociada nos últimos meses (Foto: Leonardo Costa)

Valores mantidos em sigilo

Segundo Claúdio, 80% do valor do terreno onde será construído o CT já foram pagos. O mandatário baeta preferiu não expor, inicialmente, as cifras das negociações. No entanto, pouco mais de 30% do montante total da venda já teria sido depositado na conta do Tupynambás.

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“Nós recebemos uma entrada na venda da sede e pagamos os gastos com o futebol do Módulo II, abatemos uma dívida com a MRV e compramos o CT, que ainda falta 20% para quitar”, relata o presidente.

‘Queremos sair da mesmice do futebol de JF’

Ainda de acordo com o presidente do Tupynambás, as imagens do terreno adquirido serão divulgadas em evento oficial de anúncio da operação, no próximo dia 15 de agosto, aniversário de 111 anos do clube. A projeção inicial de Cláudio é a de que o elenco que irá disputar o Módulo II do Campeonato Mineiro na próxima temporada já possa utilizar um campo de futebol no espaço, na Zona Norte.

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“Já estamos com contrato assinado. Vai vir toda uma estrutura de Lima Duarte (onde o clube treinou durante o Módulo II deste ano) para o CT. Nesse novo local, a primeira coisa que vamos fazer são os campos de futebol. Lá tem uma estrutura com várias casas, até uma igreja no terreno. Vamos modernizar para atender o futebol. Não é uma promessa, já é uma realidade. Queremos sair da mesmice do futebol de Juiz de Fora. Pretendemos utilizar o CT no ano que vem. Em dois meses você coloca um campo para funcionar tranquilamente”, explica à Tribuna.

A ideia inicial do clube é a de que o terreno, de 726 mil metros quadrados, receba no mínimo três campos de futebol, alojamento para os atletas, restaurantes e até mesmo uma arena para jogos-treinos. “E vamos fazer mini hotel. Tem que ver o que a terraplanagem vai permitir, iremos levar um profissional para analisar. O alojamento vai ser pequeno e, tendo recursos, vamos ampliando, porque tem muito terreno.

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